isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br
isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br
isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
demos deixar que ele seja um obstáculo para nós. Não podemos. Não podemos. Sinto<<strong>br</strong> />
muito, Srta. Fellowes.<<strong>br</strong> />
- Está bem - disse ela, tristemente. - Deixe-me despedir dele. Dê-me cinco minutos<<strong>br</strong> />
para me despedir dele. Respeite ao menos esse direito.<<strong>br</strong> />
- Vá em frente - disse Hoskins, hesitante.<<strong>br</strong> />
Timmie correu para ela. Era a última vez que corria para ela, que, pela última vez,<<strong>br</strong> />
apertou-o em seus <strong>br</strong>aços.<<strong>br</strong> />
Por um momento, a<strong>br</strong>açou-o cegamente. Puxou uma cadeira <strong>com</strong> o dedão <strong>do</strong> pé,<<strong>br</strong> />
arrastou-a até a parede e se sentou.<<strong>br</strong> />
- Não tenha me<strong>do</strong>, Timmie.<<strong>br</strong> />
- Com você aqui, eu não tenho me<strong>do</strong>, Srta. Fellowes. O homem lá fora está zanga<strong>do</strong><<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>igo?<<strong>br</strong> />
- Não, ele não está. Ele apenas não nos entende. Timmie, você sabe o que é uma<<strong>br</strong> />
mãe?<<strong>br</strong> />
- Como a mãe <strong>do</strong> Jerry?<<strong>br</strong> />
- Ele falou a respeito de sua mãe?<<strong>br</strong> />
- Algumas vezes. Acho que uma mãe deve ser uma dama, que cuida muito de nós,<<strong>br</strong> />
é legal e só faz coisas boas.<<strong>br</strong> />
- É isso mesmo. Você quer uma mãe, Timmie?<<strong>br</strong> />
Timmie afastou a cabeça dela para poder olhar seu rosto. Carinhosamente, colocou<<strong>br</strong> />
as mãos nas faces e nos cabelos da Srta. Fellowes e afagou-os <strong>com</strong>o há muito,<<strong>br</strong> />
muito tempo, ela o acariciava.<<strong>br</strong> />
- Você não é minha mãe? - disse ele.<<strong>br</strong> />
- Oh, Timmie.<<strong>br</strong> />
- Você está zangada porque perguntei?<<strong>br</strong> />
- Não, claro que não.<<strong>br</strong> />
- Porque eu sei que o seu nome é Srta. Fellowes, mas... às vezes penso em você<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o minha mãe. Tem problema?<<strong>br</strong> />
- Não, não tem. Não vou me separar de você e não deixarei que nada lhe aconteça.<<strong>br</strong> />
Vou cuidar de você para sempre. Me chame de "mamãe", para que possa ouvi-o.<<strong>br</strong> />
- Mamãe - disse Timmie, <strong>com</strong> alegria, encostan<strong>do</strong> seu rosto no dela. Ela levantou<<strong>br</strong> />
e, ainda seguran<strong>do</strong>-o, subiu na cadeira. O grito súbito que <strong>com</strong>eçou a ecoar lá fora<<strong>br</strong> />
passou despercebi<strong>do</strong> e, <strong>com</strong> a mão livre, jogou to<strong>do</strong> o seu peso so<strong>br</strong>e a corda suspensa<<strong>br</strong> />
pelas duas argolas.<<strong>br</strong> />
E Stasis foi perfura<strong>do</strong>, deixan<strong>do</strong> a sala vazia.