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isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br

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E Manners perguntava enquanto ia, "Mas diga-me o que é. Apenas me diga. Se eu<<strong>br</strong> />

soubesse - É homicídio? Eu devo supostamente estar planejan<strong>do</strong> um assassinato?"<<strong>br</strong> />

A porta se fechou atrás dele e Mike Manners, rosto páli<strong>do</strong> e de repente não se sentin<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

nada adulto, olhou primeiro para a porta, então para sua mãe que chorava.<<strong>br</strong> />

Ben Manners, atrás da porta e de repente se sentin<strong>do</strong> muito adulto, apertou seus<<strong>br</strong> />

lábios e pensou que ele sabia exatamente o que fazer.<<strong>br</strong> />

Se Multivac tirou, Multivac podia também devolver. Ben tinha esta<strong>do</strong> nas cerimonias<<strong>br</strong> />

naquele mesmo dia. Ele tinha ouvi<strong>do</strong> aquele homem, Ran<strong>do</strong>lph Hoch, falar de<<strong>br</strong> />

Multivac e de tu<strong>do</strong> que Multivac podia fazer. Ele podia dirigir o governo e ele podia<<strong>br</strong> />

também se des<strong>do</strong><strong>br</strong>ar e ajudar qualquer pessoa <strong>com</strong>um que viesse a ele procuran<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

por ajuda.<<strong>br</strong> />

Qualquer um podia pedir a ajuda de Multivac e qualquer um significava Ben.<<strong>br</strong> />

Nem sua mãe, nem Mike estavam em condições de pará-o agora, e ele tinha algum<<strong>br</strong> />

dinheiro que tinha so<strong>br</strong>a<strong>do</strong> da quantia que eles tinham da<strong>do</strong> a ele para sua<<strong>br</strong> />

grande viagem naquele dia. Se mais tarde eles desco<strong>br</strong>issem que eles tinha sumi<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />

se preocupassem <strong>com</strong> isso, paciência. Agora, sua primeira lealdade era <strong>com</strong> seu pai.<<strong>br</strong> />

Ele correu para a saída <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s e o oficial na porta olhou para seus <strong>do</strong>cumentos<<strong>br</strong> />

e deixou ele ir.<<strong>br</strong> />

Harold Quimby cuidava <strong>do</strong> departamento de perguntas da Subestação Baltimore<<strong>br</strong> />

de Multivac. Ele se considerava um mem<strong>br</strong>o <strong>do</strong> <strong>br</strong>aço <strong>do</strong> serviço civil que era o mais<<strong>br</strong> />

importante de to<strong>do</strong>s. De certa forma, ele podia estar certo, e aqueles que o ouviam<<strong>br</strong> />

discutin<strong>do</strong> o assunto tinham que ser feitos de ferro para não se impressionar.<<strong>br</strong> />

Uma coisa era que, Quimby poderia dizer, Multivac era essencialmente um invasor<<strong>br</strong> />

de privacidade. Nos últimos cinquenta anos, a humanidade tinha que aceitar que<<strong>br</strong> />

seus pensamentos e impulsos não eram mais segre<strong>do</strong>, que ela não tinha nenhum<<strong>br</strong> />

canto secreto onde podia esconder qualquer coisa. E a humanidade tinha que ter<<strong>br</strong> />

algo em retorno.<<strong>br</strong> />

É claro, ela conseguiu prosperidade, paz e segurança, mas isso era abstrato.<<strong>br</strong> />

Cada homem e mulher precisava de algo pessoal <strong>com</strong>o seu ou sua re<strong>com</strong>pensa<<strong>br</strong> />

por aban<strong>do</strong>nar a privacidade, e cada um conseguiu isso. Ao alcance de cada ser humano<<strong>br</strong> />

havia uma estação <strong>do</strong> Multivac <strong>com</strong> sistemas nos quais ele podia gratuitamente<<strong>br</strong> />

entrar <strong>com</strong> seu próprios problemas e perguntas sem controle ou censura, e <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

quais, em questão de minutos, ele receberia respostas.<<strong>br</strong> />

A qualquer momento, cinco milhões de circuitos individuais <strong>do</strong> quadrilhão ou mais<<strong>br</strong> />

de Multivac poderiam estar envolvi<strong>do</strong>s neste programa de pergunta-e-resposta.<<strong>br</strong> />

As respostas poderiam não ser sempre as certas, mas eram as melhores disponíveis,<<strong>br</strong> />

e cada questiona<strong>do</strong>r sabia que a resposta era a melhor disponível e tinha fé<<strong>br</strong> />

nela. Era isso que contava.<<strong>br</strong> />

E agora um jovem ansioso de 16 anos lentamente apareceu da fila de homens e<<strong>br</strong> />

mulheres que aguardavam (cada rosto naquela fila ilumina<strong>do</strong> por uma diferente mistura<<strong>br</strong> />

de esperança <strong>com</strong> me<strong>do</strong> ou ansiedade ou até angustia - sempre <strong>com</strong> a esperança<<strong>br</strong> />

pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> a pessoa se aproximava cada vez mais de Multivac).<<strong>br</strong> />

Sem olhar para cima, Quimby pegou o formulário preenchi<strong>do</strong> que estava sen<strong>do</strong> entregue<<strong>br</strong> />

a ele e disse, "Cabine 5-B."<<strong>br</strong> />

Ben disse, "Como eu faço uma pergunta, senhor?"<<strong>br</strong> />

Quimby olhou para cima então, <strong>com</strong> um pouco de surpresa. Para adultos geralmente<<strong>br</strong> />

não faziam uso <strong>do</strong> serviço. Ele disse gentilmente, "Você já fez isso antes, filho?"

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