isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br
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muito cheio amanhã. Passe bem!<<strong>br</strong> />
O visor apagou-se.<<strong>br</strong> />
As mãos de George saíram disparadas na direção <strong>do</strong> visor, <strong>com</strong>o se num impulso<<strong>br</strong> />
extremo pretendesse devolver-lhe a vida <strong>com</strong> safanões.<<strong>br</strong> />
- Ele não acreditou em mim - gritou George. - Ele não acreditou em mim.<<strong>br</strong> />
- Claro que não, George -disse Ingenenescu - Pensavas realmente que ele acreditaria?<<strong>br</strong> />
George mal o ouvia.<<strong>br</strong> />
- E por que não? É tu<strong>do</strong> verdade. É tu<strong>do</strong> para seu beneficio. Sem riscos. Eu e alguns<<strong>br</strong> />
homens <strong>com</strong> quem trabalhar... Uma dúzia de homens aprenden<strong>do</strong> durante anos<<strong>br</strong> />
custariam menos que um técnico... Ele estava bêba<strong>do</strong>! Bêba<strong>do</strong>! Não <strong>com</strong>preendeu.<<strong>br</strong> />
George olhou em volta sem fôlego.<<strong>br</strong> />
- Como é que eu posso entrar em contacto <strong>com</strong> ele?<<strong>br</strong> />
Tenho de fazer. Isto foi mal feito. Não devia ter usa<strong>do</strong> o visifone. Preciso de tempo.<<strong>br</strong> />
Face a face. Como é que eu...<<strong>br</strong> />
- Ele não te receberá, George - disse Ingenenescu - E se o fizesse não acreditaria<<strong>br</strong> />
em ti.<<strong>br</strong> />
- Acreditaria sim, estou-lhe dizen<strong>do</strong>. Se não estiver beben<strong>do</strong>. Ele... - George virouse<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>uptamente para o historia<strong>do</strong>r e os seus olhos aumentaram de tamanho. - Por<<strong>br</strong> />
que é que me chamou George?<<strong>br</strong> />
- Não é o teu nome? George Platen?<<strong>br</strong> />
- Conhece-me?<<strong>br</strong> />
- Sei tu<strong>do</strong> so<strong>br</strong>e ti.<<strong>br</strong> />
George permaneceu imóvel, excetuan<strong>do</strong> a respiração que fazia o seu peito subir e<<strong>br</strong> />
descer.<<strong>br</strong> />
- Quero ajudar-te, George - disse Ingenenescu -Já te disse. Tenho lhe estuda<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />
quero ajudá-o.<<strong>br</strong> />
George gritou.<<strong>br</strong> />
- Não preciso de ajuda. Não sou débil mental. O mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong> é que é, eu não. -<<strong>br</strong> />
Ro<strong>do</strong>u so<strong>br</strong>e si mesmo e dirigiu-se para a porta.<<strong>br</strong> />
A<strong>br</strong>iu-a <strong>com</strong> violência e <strong>do</strong>is policiais levantaram-se repentinamente <strong>do</strong>s seus postos<<strong>br</strong> />
de guarda e agarraram-no.<<strong>br</strong> />
Por mais que se debatesse, George sentiu o hipo-pulveriza<strong>do</strong>r na zona macia mesmo<<strong>br</strong> />
abaixo da curva <strong>do</strong> seu maxilar, e foi tu<strong>do</strong>. A última coisa de que se lem<strong>br</strong>ava era<<strong>br</strong> />
da cara de Ingenenescu, observan<strong>do</strong>-o <strong>com</strong> leve preocupação.<<strong>br</strong> />
George a<strong>br</strong>iu os olhos para a <strong>br</strong>ancura de um teto. Lem<strong>br</strong>ava-se <strong>do</strong> que tinha<<strong>br</strong> />
aconteci<strong>do</strong>. Lem<strong>br</strong>ava-se muito de longe, <strong>com</strong>o se tivesse aconteci<strong>do</strong> a outra pessoa.<<strong>br</strong> />
Olhou o teto até que a <strong>br</strong>ancura lhe encheu os olhos e lhe lavou o cére<strong>br</strong>o, deixan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />
espaço, parecia, para novos pensamentos e novas formas de pensar.<<strong>br</strong> />
Não sabia há quanto tempo ali estava deita<strong>do</strong>, ouvin<strong>do</strong> o fluir <strong>do</strong>s seus próprios<<strong>br</strong> />
pensamentos.<<strong>br</strong> />
Ouviu uma voz ao ouvi<strong>do</strong>: - Estás acorda<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />
E George ouviu os seus próprios gemi<strong>do</strong>s pela primeira vez. Teria esta<strong>do</strong> gemen<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />
Tentou virar a cabeça.<<strong>br</strong> />
- Dói-te, George? - disse a voz.<<strong>br</strong> />
- Curioso - murmurou George. - Estava tão ansioso por deixar a Terra. Não <strong>com</strong>-