24/10/03 TURNO: Matutino TIPO DA SESSÃO: Ordinária
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ RE<strong>DA</strong>ÇÃO FINAL<br />
Número Sessão: <strong>24</strong>0.1.52.O Tipo: <strong>Ordinária</strong> - CD<br />
Data: <strong>24</strong>/<strong>10</strong>/<strong>03</strong> Montagem: 4176<br />
É lógico, o problema ocorre em escala exponencial. Quanto mais as estradas<br />
se apresentem esburacadas e sem recuperação, mais, obviamente, piora a situação.<br />
Uma carreta com 30 toneladas de peso que passe num buraco hoje vai fazer com<br />
que ele cresça <strong>10</strong>%, 20%, 30%, aumentando o desconforto de quem vai amanhã<br />
transitar na estrada.<br />
Um dos programas propostos pelo Governo, até como forma política de<br />
agregar, compor, promover a participação popular coletiva, de toda a sociedade, nos<br />
investimentos, é a Parceria Público-Privada, que na verdade tem alguns vieses. Eu<br />
diria que o viés mais importante diz respeito exatamente à parceria em trechos<br />
rentáveis. A CNT mostra, por exemplo, que os <strong>10</strong> piores trechos das estradas<br />
brasileiras estão sob administração pública, e os <strong>10</strong> melhores trechos estão sob<br />
administração privada. Isso é compreensível, porque as empresas privadas não<br />
assumem trechos que não lhes dêem retorno. Concordo plenamente. Entretanto, a<br />
Parceria Público-Privada, no meu sentimento, tem limites. Dos praticamente 50 mil<br />
quilômetros que estão em má situação, obviamente apenas 4 mil ou 5 mil<br />
quilômetros as empresas privadas vão querer assumir. O restante terá de ficar sob a<br />
proteção do Governo.<br />
Não podemos tapar o sol com a peneira. As estradas brasileiras estão em<br />
situação de verdadeiro caos, e infelizmente o Ministério dos Transportes está inerte,<br />
apático, sem reação.<br />
Sou do PFL, mas reconheço a visão geopolítica, geoestratégica e pragmática<br />
do Presidente da República. No entanto, S.Exa. tem de dar uma sacudida nos<br />
Ministérios e fazer com que os recursos apareçam, senão daqui a algum tempo a<br />
recuperação de 1 quilômetro de estrada, que poderia ser feita hoje com R$ 50 mil,<br />
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