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24/10/03 TURNO: Matutino TIPO DA SESSÃO: Ordinária

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ RE<strong>DA</strong>ÇÃO FINAL<br />

Número Sessão: <strong>24</strong>0.1.52.O Tipo: <strong>Ordinária</strong> - CD<br />

Data: <strong>24</strong>/<strong>10</strong>/<strong>03</strong> Montagem: 4176<br />

O SR. CHICO ALENCAR (PT-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,<br />

Sras. e Srs. Deputados, funcionários do Legislativo que garantem esta sessão,<br />

mudei de lado fisicamente, mas continuo com a mesma visão e esperança que me<br />

unem aos Deputados Luiz Alberto e João Grandão: a de que este Governo<br />

realmente transformará o País.<br />

Um pequeno passo foi dado ontem. Vamos eliminar o mito de que o Estatuto<br />

do Desarmamento acabará com a violência no Brasil ou será decisivo para que isso<br />

aconteça. Não. Estamos redefinindo o Sistema Nacional de Armas. E as medidas,<br />

no geral, são muito boas. É evidente que quanto mais a sociedade profissionalizar<br />

os serviços de segurança pública, equipar as suas polícias e trabalhar com a<br />

investigação e a inteligência, mais eficientes serão. O caldo de cultura degenerada<br />

que leva à violência é o processo de desagregação da sociedade brasileira devido<br />

ao desemprego, à injustiça e, principalmente, à quebra de valores fundamentais<br />

como a fraternidade e a solidariedade. Quando um jovem procura a droga como<br />

ânimo para a sua vida, está procurando loucamente, de forma destrutiva, um sentido<br />

para a sua própria existência, que a sociedade do ter, do consumo não dá. Portanto,<br />

a mudança fundamental para reduzirmos os níveis de violência na sociedade<br />

humana é muito mais demorada e estrutural.<br />

Jean Jacques Rousseau disse que tudo começou quando uma pessoa, julgando-se<br />

mais esperta do que as outras, resolveu cercar um terreno, apropriar-se da mina<br />

d’água, afirmar ser sua e encontrar gente suficientemente tola, desinformada, para<br />

acreditar naquilo. A fundação da desapropriação coletiva, portanto, da propriedade<br />

privada de um bem comum, é a origem de todas as injustiças sociais ao longo da<br />

caminhada da humanidade.<br />

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