24/10/03 TURNO: Matutino TIPO DA SESSÃO: Ordinária
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ RE<strong>DA</strong>ÇÃO FINAL<br />
Número Sessão: <strong>24</strong>0.1.52.O Tipo: <strong>Ordinária</strong> - CD<br />
Data: <strong>24</strong>/<strong>10</strong>/<strong>03</strong> Montagem: 4176<br />
comunismo. A Polônia foi invadida por alemães em 1939. Acabada a guerra e<br />
derrotada a Alemanha, sucumbiu à ocupação comunista, que persistiu até 1989.<br />
Como quase todo o povo polonês, a família de Karol Wojtila viveu grande miséria.<br />
Foi nesse ambiente de guerras e perseguições, que se forjaram a<br />
personalidade, o caráter e as convicções daquele que viria a ser o Papa da paz e da<br />
justiça. Com certeza, o fato de ter vivido em meio a tanta violência e injustiça o<br />
levou, paradoxalmente, a lutar tanto contra tudo isso. Também foi em ambiente de<br />
fortes restrições e de condenação a atos religiosos que Karol Wojtila descobriu um<br />
grupo secreto de orações dedicado a Maria. E nesse agrupamento, em meio a<br />
escombros, fortaleceu sua convicção religiosa.<br />
Sr. Presidente, preparei algumas linhas para falar sobre o exercício do seu<br />
pontificado, enfatizando suas permanentes críticas à globalização da economia (“o<br />
que precisamos é da globalização da solidariedade”), sua permanente defesa da paz<br />
(“alcançar a paz é o coroamento de todas as nossas aspirações”) e sua incansável<br />
indagação: “Em que linguagem os valores evangélicos poderão ser articulados em<br />
um mundo onde o mal (mistério da iniqüidade) não está mais encarnado em um<br />
sistema político, mas disperso nas pessoas?” Deixei de lado, porém, o texto<br />
preparado quando li hoje no jornal Folha de S.Paulo, página 3, artigo mais profundo<br />
e mais completo.<br />
O artigo é de autoria do Ministro Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, juiz<br />
que, por “dever de ofício”, precisa ministrar justiça. Vivendo seu ofício de corpo e<br />
alma, transformou o dever em “satisfação de ofício”, em “prazer de ofício”.<br />
Em seu primoroso artigo, o ministro Marco Aurélio Mello enfatiza o quanto,<br />
“Em tão laborioso mister, o supremo sacerdote pregou o perdão como bálsamo<br />
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