24/10/03 TURNO: Matutino TIPO DA SESSÃO: Ordinária
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ RE<strong>DA</strong>ÇÃO FINAL<br />
Número Sessão: <strong>24</strong>0.1.52.O Tipo: <strong>Ordinária</strong> - CD<br />
Data: <strong>24</strong>/<strong>10</strong>/<strong>03</strong> Montagem: 4176<br />
situação que precisa ser resolvida de forma equilibrada, sob pena de prejuízo para<br />
uma ou mais regiões. O volume de recursos por regiões é fundamental para que o<br />
OGU não seja “hipotecado” a empresas privadas em detrimento da destinação de<br />
recursos para áreas universais como as de educação e de saúde.<br />
A melhor hipótese contratual para a PPP seria a de grandes obras de caráter<br />
nacional. Mas o Brasil é um país muito grande. E obras públicas nem sempre têm<br />
caráter nacional. Como resolver essa questão? Essa me parece uma das mais<br />
graves distorções que a PPP poderá ensejar se os contratos forem definidos<br />
exclusivamente pela força dos Estados mais poderosos, como, aliás, sempre<br />
prevaleceu na distribuição de verbas no Orçamento da União. Já se praticaram as<br />
injustiças mais profundas contra milhares de Municípios e regiões mais pobres. É<br />
preciso que essas injustiças não sejam exacerbadas, o que seria muito ruim para um<br />
grupo político que assumiu o poder em nome e sob a bandeira do socialismo e logo<br />
em seguida optou pelas regras mais duras do capitalismo.<br />
Sr. Presidente, manifesto apreensão e dúvida com relação ao Programa de<br />
Parceria Público-Privada. É claro que o Orçamento da União já é utilizado para<br />
financiar obras públicas, mas tenho muita dúvida quanto à exeqüibilidade desse<br />
programa, que é, a priori, de iniciativa do próprio Poder Executivo, que executa<br />
algumas obras onde mais lhe convier politicamente.<br />
A alocação de verbas envolve um amplo debate público de cada emenda<br />
incluída no Orçamento da União ou quando originária do Poder Executivo. Num país<br />
grande como o Brasil, fazer obras fora da modalidade de concessões públicas ou de<br />
privatizações, como autorizado pela lei, pode exacerbar as grandes diferenças nos<br />
investimentos públicos.<br />
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