Barbara Cecconi Deon - UFSM
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confiança que o alimento não causará doença ou dano ao consumidor quando ele é<br />
preparado, servido e consumido de acordo com a sua utilização.<br />
Na cadeia de transmissão das DTAs, os alimentos são considerados veículos<br />
dos agentes infecciosos e tóxicos. Eles podem ser contaminados durante todas as<br />
etapas da cadeia alimentar por perigos biológicos ou agentes etiológicos (Ex.:<br />
bactérias, vírus e parasitas), perigos químicos (Ex.: agrotóxicos, desinfetantes, etc) e<br />
por perigos físicos (Ex.: prego, pedaços de madeira, vidro, etc). Entre as principais<br />
formas de contaminação, destacam-se a manipulação e a conservação inadequadas<br />
dos alimentos. Os manipuladores representam, por conseguinte, um importante elo<br />
na cadeia epidemiológica das DTAs (BRASIL, 2005).<br />
A contaminação dos alimentos se inicia na produção da matéria-prima e se<br />
estende às etapas de transporte, recepção, armazenamento e comercialização<br />
podendo ser aumentada no destino final, que geralmente são nos domicílios.<br />
Durante a manipulação pode haver contaminação por condições precárias de<br />
higiene de manipuladores, equipamentos, utensílios, ambiente e condições<br />
inadequadas de armazenamento dos produtos prontos para consumo (ZANDONADI<br />
et al., 2007). Uma boa higiene pessoal e boas práticas de manipulação de alimentos<br />
são a base para prevenir a transmissão de patógenos nos alimentos para o<br />
consumo pessoal (BAS; ERSUN; KIVANÇ, 2006).<br />
Nos países em desenvolvimento, a higiene doméstica inclui práticas<br />
associadas com o armazenamento seguro, manuseamento e desinfecção de água<br />
potável, bem como saneamento e eliminação de resíduos. Em resumo, a casa é um<br />
ambiente onde todas as atividades humanas ocorrem, muitas das quais precisam<br />
ser consideradas como práticas de higiene para o controle de infecção alimentar<br />
(BLOOMFIELD; SCOTT, 2003).<br />
A qualidade de vida de uma população pode ser melhor avaliada através do<br />
seu nível de saúde, traduzido por indicadores do acesso da comunidade aos bens,<br />
produtos e serviços de saúde (RÊGO et al., 2001). Para Benevides e Lovatti (2004),<br />
o controle higiênico-sanitário dos manipuladores e de todas as etapas de produção é<br />
essencial para garantir a segurança dos alimentos, tornando-se o principal<br />
instrumento de defesa contra as DTAs.