Barbara Cecconi Deon - UFSM

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68 segurança em tempo adequado, é um dos fatores que constituem alto risco para surtos de DTAs (SILVA JÚNIOR, 2008). Em relação à frequência da higienização dos equipamentos, apenas a região centro-oeste apresentou nível bom de adequação (acima de 76%) comparada com o restante das regiões classificadas como nível regular. Principais observações: equipamentos em péssimas condições de conservação, gelos acumulados no freezer; odor muito forte dentro do equipamento, resíduos de alimentos jogados tanto no refrigerador quanto no freezer, refrigeradores Fost Free por não necessitarem fazer o desgelo são esquecidos da periodicidade de higienização. Considerando a periodicidade de higienização de geladeira e freezer, através do trabalho realizado por Santos, Santos Junior e Bortolozo (2011), em residências, foi atingido o conceito “satisfatório” por apenas 35% dos manipuladores. As principais inadequações observadas foram: a geladeira e/ou freezer somente eram descongelados quando a quantidade de gelo era muito grande; não se observava um critério na disposição correta dos alimentos nas prateleiras. Através da avaliação dos itens da LABPD, ressalta-se a grande importância e a necessidade de programas educativos para os manipuladores de alimentos nos domicílios. 3.2 Avaliação da eficácia do programa educativo 3.2.1 Aplicação da Lista de Avaliação das Boas Práticas nos Domicílios - LABPD Na terceira e última etapa da pesquisa, após aplicação do programa educativo, foi avaliada a sua eficácia, retornado a um terço dos entrevistados de cada bairro, totalizando 205 domicílios. Nessa etapa, foi reaplicado a LABPD. Na Figura 3, pode-se verificar o acesso dos participantes ao programa educativo. Da amostra pesquisada (n=205), 49% (n=84) tiveram acesso ao programa, enquanto 51% (n=121) não tiveram acesso. Embora o percentual de acesso ao programa tenha sido baixo comparado com os que não tiveram acesso, ainda foi um número expressivo ao analisar o pouco tempo do programa, que
ocorreu de agosto a outubro de 2011. Soto et al. (2009), em pesquisa semelhante, na etapa do programa educativo, veicularam mensagens informativas nas sacolas do supermercado parceiro com orientações referentes à segurança dos alimentos nos domicílios, durante dez meses. Figura 3 – Avaliação da questão “acesso a algum programa educativo” pelos manipuladores de alimentos nos domicílios da cidade de Santa Maria – RS (Freq. %), 2011. Da amostra que teve acesso ao programa educativo, 33% (n=28) tiveram acesso somente uma vez ao programa, 39% (n=33) tiveram acesso entre 2 a 5 vezes e 28% (n=23) acompanharam o programa mais de 5 vezes (Figura 4). 69
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