Barbara Cecconi Deon - UFSM
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aos alimentos. Constata-se menos da metade do percentual de adequação (menos<br />
que 50%), independente da RA, indicando um nível deficiente de adequação.<br />
Principais observações avaliadas: utensílios (tábua de corte, colheres) de madeira e<br />
de forma geral em péssimas condições de conservação.<br />
Tabela 21 – Adequação do grupo “Utensílios para o preparo de refeições” da Lista<br />
de Avaliação das Boas Práticas nos Domicílios de Santa Maria – RS, 2011.<br />
Itens da Lista de Avaliação<br />
Utensílios para o preparo de refeições<br />
Possuem as superfícies lisas, mantidos<br />
organizados e em adequado estado de<br />
conservação? (colheres, tábuas de corte,<br />
etc.)<br />
% Adequação Região Administrativa<br />
CU N NE CL S CO O Média<br />
42 37 41 31 32 49 33 38<br />
Legenda: CU=centro urbano; N=norte; NE=nordeste; CL=centro leste; S=sul; CO=centro oeste;<br />
O=oeste.<br />
Em trabalho realizado por Chiarini e Andrade (2004), verifica-se a existência<br />
de utensílios de madeira nas cozinhas residenciais, ficando constatado que quase a<br />
metade (46%) possuía “colher de pau”, 23% possuíam tábua de cortar de madeira<br />
(3% não possui tábua para cortar, procedendo ao corte de alimentos diretamente<br />
sobre a pia da cozinha ou no prato), e 25% possuíam talheres com cabo de madeira.<br />
Pinheiro, Wada e Pereira (2010), em seu estudo com tábuas de corte<br />
utilizadas no preparo de alimentos em uma instituição do ensino superior em São<br />
Carlos (SP), verificaram que, das tábuas analisadas através de indicadores<br />
microbiológicos, apenas 10% estavam livres de qualquer contaminação. Oliveira et<br />
al. (2007), em uma pesquisa semelhante, mas em cozinhas residenciais,<br />
encontraram níveis altos de contaminação microbiana, constatando que a população<br />
desconhece o risco desses utensílios transmitirem DTAs e pouca atenção é dada à<br />
sua higienização e ao tipo de material. Leite et al. (2009a) também detectaram<br />
inadequações em cozinhas residenciais quando analisaram a superfície de corte<br />
utilizada para diferentes alimentos sem uma prévia higienização (73%) e, ainda, o<br />
uso de superfícies de corte com sinais de desgaste e mau estado de conservação<br />
(43%). Silva Júnior (2008) complementa que a presença de microrganismos indica<br />
que a manipulação da superfície está sendo feita sem a devida higiene e que os<br />
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