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Barbara Cecconi Deon - UFSM

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este foi o que apresentou menor percentual de adequação (22%) em todas as RA.<br />

Leite et al. (2009a) mostraram, durante avaliação da conservação de<br />

alimentos em geladeira doméstica, que em grande parte das residências ocorria o<br />

armazenamento próximo de alimentos crus e prontos para o consumo (45%) e o<br />

armazenamento inseguro de ovos na porta da geladeira (74%). Presença de latas<br />

abertas com conteúdo alimentar foi evidenciada em 28% das geladeiras. Em 24% da<br />

amostra pesquisada, cereais eram armazenados expostos à umidade, localizados<br />

em armários embaixo das pias, e em 32% foi observada a exposição de alimentos<br />

prontos em temperatura ambiente. Ainda, ressaltam que o abuso de tempo e<br />

temperatura na conservação de alimentos perecíveis é uma prática predominante<br />

em cozinhas residenciais. Essas falhas foram reconhecidas por comprometerem a<br />

qualidade dos alimentos perecíveis e não perecíveis devido a um potencial de<br />

crescimento microbiano e propagação da contaminação cruzada na cozinha<br />

doméstica.<br />

Das inadequações observadas, observou-se em muitas residências a<br />

reutilização de sacolas plásticas no contato com os alimentos. Contribuindo com o<br />

presente estudo, Williams et al. (2011), através dos resultados obtidos em sua<br />

pesquisa, concluíram que as sacolas plásticas reutilizáveis podem desempenhar um<br />

papel significativo na contaminação cruzada dos alimentos, se não forem<br />

devidamente higienizadas regularmente. Os autores avaliaram o potencial de<br />

contaminação de produtos alimentícios por sacolas reutilizáveis usadas para<br />

transportar mantimentos de mercados para casa e verificaram que essas raramente<br />

ou nunca eram lavadas para reutilizar para outros fins, em especial, para o contato<br />

com os alimentos. Um grande número de bactérias foi encontrado em quase todas<br />

as sacolas, sendo que coliformes foram detectados na metade delas. Silva Júnior<br />

(2008) recomenda que durante o armazenamento, preparo, cocção e distribuição os<br />

alimentos devem ser protegidos com tampas, plásticos ou papéis próprios, os quais<br />

não devem ser reaproveitados.<br />

É de fundamental importância a adoção de medidas de controle para<br />

assegurar a qualidade e segurança alimentar (SILVA; RAMALHO; FIGUEIREDO,<br />

2004). O armazenamento de alimentos sem proteção altera sua qualidade, pois<br />

expõe o mesmo a contaminações indesejáveis. Em se tratando de ovos, Silva Júnior<br />

(2008) tem relatado que esse alimento deve permanecer em uma temperatura de<br />

até 10ºC por até 14 dias.

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