Barbara Cecconi Deon - UFSM

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alternativa 2, “no ralo ou na pia”, que corresponde a 10,1%, pode-se constatar a
escassez de informação da população sobre o descarte desse produto no meio
ambiente, o que vem a contribuir consideravelmente para o impacto ambiental. A
região centro urbano foi a que mais descarta o óleo no ralo ou na pia (alternativa 2),
correspondendo a 15,2%, a que menos reaproveita esse óleo para outros fins
(alternativa 5), representando 15,2% e, juntamente, com a RA norte,
correspondendo as que menos depositam esse óleo no pátio (alternativa 6); quando
comparado com as demais RA. Chama-se a atenção para a região sul, pois foi a que
mais descarta esse produto no pátio (43,3%). Pelo teste de comparação, houve
diferença significativa (p=0,003) entre a região centro urbano com as regiões sul,
centro-oeste e oeste (Apêndice H).
Por ser menos denso que a água, o óleo de cozinha forma uma película sobre
ela, o que provoca a retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem
quando colocados em pias ou vasos sanitários, que são redes coletoras de esgoto.
Nos arroios e rios, a película formada pelo óleo de cozinha dificulta a troca de gases
entre a água e a atmosfera, causando a morte de peixes e outros seres vivos que
necessitam de oxigênio (PORTO ALEGRE, 2011).
Nóbrega, Dantas e Silva (2010), ao analisarem a percepção ambiental das
donas de casa sobre o uso de produtos químicos em domicílios, questionaram o
destino do resto de óleo de cozinha utilizado. 90% das donas de casa afirmaram que
despejavam na pia, ou seja, diretamente na rede de esgoto doméstico e apenas
10% colocavam em um recipiente fechado para ser jogado no lixo comum.
Concordando com os autores, as respostas obtidas nas entrevistas refletem a pouca
informação da população em relação ao uso do óleo e recomendam armazenar o
óleo utilizado no preparo dos alimentos em um depósito e entregar em postos de
coleta a fim de aproveitá-lo para outros fins. Atualmente, o planejamento ambiental
domiciliar está cada vez mais sendo discutido pelos órgãos públicos, pois essas
medidas contribuem para mudanças na qualidade de vida e minimização dos
impactos ambientais das comunidades.
Por exemplo, na prefeitura de Porto Alegre (RS), são 145 postos de entrega
de óleo de fritura usado espalhados pela cidade. Recomenda-se colocar o óleo em
recipientes como garrafas de plástico ou vidro para entregá-lo em um desses
pontos, sendo esse encaminhado à reciclagem (PORTO ALEGRE, 2011).
A prática de manipulação dos ovos foi outra questão perguntada aos