Barbara Cecconi Deon - UFSM
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1.3 Manipulador de alimentos nos domicílios<br />
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004 da<br />
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que dispõe regulamento técnico<br />
de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, manipulador de alimento é definido<br />
como qualquer pessoa que entra em contato direto ou indireto com o alimento<br />
(BRASIL, 2004).<br />
O termo manipulador de alimentos, num sentido amplo, corresponde a<br />
qualquer indivíduo que entre em contato com um produto alimentício, nas etapas de<br />
produção, processamento, embalagem, armazenamento e venda de alimentos.<br />
Podem ser portadores assintomáticos de várias doenças e, posteriormente,<br />
contaminar os alimentos, provocando surtos de origem alimentar, quando procedem<br />
à aplicação de técnicas incorretas na produção de refeições, na higienização de<br />
equipamentos, utensílios e do próprio ambiente (OLIVEIRA et al., 2003).<br />
De acordo com Oliveira et al. (2003), o perfil higiênico-sanitário dos<br />
manipuladores de alimentos tem se mostrado frequentemente inaceitável no que diz<br />
respeito à contaminação microbiana encontrada em diversos sítios anatômicos.<br />
Sanlier (2009) afirma que o manipulador não tem conhecimento suficiente<br />
sobre higiene pessoal, preparação e práticas de armazenamento de alimentos e que<br />
muitos consumidores não têm sequer informações básicas sobre detergentes,<br />
desinfetantes, esterilização, agentes prejudiciais ou microrganismos. O mesmo<br />
estudo revelou que os consumidores não têm noção de como comprar, preparar,<br />
cozinhar e armazenar leite, alimentos enlatados, carne, frango, etc., e que eles não<br />
possuem conhecimento da existência de microrganismos nos alimentos e não dão<br />
atenção à higiene pessoal e à higiene do seu ambiente enquanto preparam alimento<br />
(BEHRENS et al., 2010; SAMMARCO; RIPABELL; GRASSO, 1997). Vale ressaltar<br />
que todos esses fatores podem ser controlados com cuidados no processamento<br />
dos alimentos (TAVARES; BORTOLOZO; SANTOS JÚNIOR, 2008).<br />
Redmond e Griffith (2004) destacam que, de forma geral, os manipuladores<br />
possuem crenças inadequadas a respeito da natureza e origem das DTAs,<br />
subestimando suas consequências. Oliveira et al. (2003) acrescentam que essas<br />
doenças em decorrência de contaminação microbiana têm origem na ignorância e<br />
descaso dos manipuladores.<br />
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