Barbara Cecconi Deon - UFSM
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abertas pode ser considerada um foco constante de contaminação para os<br />
alimentos.<br />
Estudo desenvolvido por Brandão et al. (2009), em ambulantes, constataram<br />
que a coleta e armazenamento do lixo foram um fator com alto índice de reprovação<br />
(87%), inclusive próximo aos pontos de venda existiam sacos plásticos abertos ou<br />
lixeiras sem tampa utilizadas para o descarte de restos de alimentos e materiais<br />
descartáveis. Apoiando o presente autor, esse lixo serve como um meio de atração<br />
de pragas e vetores, gerando um foco de contaminação. Leite et al. (2009a)<br />
avaliaram procedimentos de higiene alimentar em cozinhas residenciais, através de<br />
uma lista de verificação e constataram que uma das principais falhas higiênicas<br />
evidenciadas foram a presença de lixeiras em cima da pia e próximas da<br />
manipulação de alimentos, o que representava 57%.<br />
Na pesquisa de Santos, Santos Junior e Bortolozo (2011), a nível residencial,<br />
as principais inadequações encontradas foram: coletores sem tampa dispostos na<br />
cozinha e/ou em cima da pia; acúmulo de resíduos e descarte pouco frequente.<br />
Segundo a RDC nº 216/2004 da ANVISA, os coletores utilizados para<br />
deposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos<br />
devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual. Os resíduos devem<br />
ser frequentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de<br />
preparação e armazenamento de alimentos, de forma a evitar focos de<br />
contaminação e atração de vetores e pragas urbanas (BRASIL, 2004).<br />
Quanto à presença de animais domésticos nas cozinhas domiciliares (Tabela<br />
20), observa-se um nível regular de adequação (51 a 75%) em quase todas as RA,<br />
com exceção da região oeste que se apresentava abaixo (nível deficiente). A média<br />
de adequação das RA (54%) é, ainda, inferior a outro estudo em cozinhas<br />
residenciais, pois na grande maioria (80%) dos domicílios pesquisados os animais<br />
domésticos não tinham acesso aos locais de preparo de alimentos. Cabe destacar<br />
que animais domésticos, mesmo saudáveis, são portadores assintomáticos de<br />
patógenos, devendo ser evitado o contato destes com a área de preparo dos<br />
alimentos (LEITE et al., 2009a).<br />
Ao observar, na Tabela 21, o grupo “Utensílios para o preparo de refeições”,<br />
percebe-se um descaso por parte dos manipuladores quando avaliada a presença<br />
de utensílios que permitem a higienização, em estado de conservação adequados e<br />
elaborados de materiais que não transmitam substância tóxicas, odores e sabores