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A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...

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CAPÍTULO V<br />

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA<br />

Os alu<strong>no</strong>s <strong>da</strong> amostra onde decorreu a prática pe<strong>da</strong>gógica nunca antes tinham<br />

trabalhado com a aprendizagem cooperativa. Estes alu<strong>no</strong>s eram habitualmente sujeitos a<br />

uma metodologia mais tradicional, em que a relação professor-alu<strong>no</strong> apresentava uma<br />

disposição desequilibra<strong>da</strong> de domínio e conhecimento, dominando a transmissão de<br />

conhecimentos por parte do professor.<br />

Antes <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong> aprendizagem cooperativa, foi possível verificar,<br />

durante as aulas <strong>da</strong> professora orientadora do estágio, que os alu<strong>no</strong>s pensavam que<br />

trabalhar em grupo era, simplesmente, estarem sentados à volta de uma mesa, a falarem<br />

uns com os outros enquanto fizessem os seus trabalhos individualmente. Foi também<br />

possível verificar que alguns dos alu<strong>no</strong>s relacionavam o seu sucesso com a aquisição e<br />

interiorização individual de conhecimentos, outros já tinham estabelecido entre si uma<br />

relação de interdependência negativa, em que alguns dos alu<strong>no</strong>s competiam uns com os<br />

outros. Outros alu<strong>no</strong>s não colaboravam, mas também não competiam entre eles,<br />

trabalhavam apenas individualmente e ao seu próprio ritmo. Em certas ativi<strong>da</strong>des que os<br />

alu<strong>no</strong>s realizaram em grupo, também <strong>no</strong>tei que era o alu<strong>no</strong> mais capaz que assumia a<br />

responsabili<strong>da</strong>de pelo trabalho do grupo e os colegas dependiam dele.<br />

Desta forma, se queria implementar a aprendizagem cooperativa com sucesso,<br />

achei fun<strong>da</strong>mental realizar inicialmente um diálogo com os alu<strong>no</strong>s onde foi explica<strong>da</strong> a<br />

importância do trabalho em cooperação e a pertinência <strong><strong>da</strong>s</strong> regras de trabalho de grupo,<br />

as funções que os alu<strong>no</strong>s deveriam desempenhar e os cinco elementos essenciais dos<br />

grupos cooperativos. Assim, foram estabelecidos com os alu<strong>no</strong>s os objetivos de<br />

interdependência positiva, através dos objetivos mútuos de aprendizagem, onde foi<br />

sublinhado aos alu<strong>no</strong>s que os mesmos deveriam aprender a matéria e ter a certeza de<br />

que todos os membros do grupo a aprendiam. Foi explicado, por forma a fortalecer a<br />

interdependência positiva, que iam ser usa<strong><strong>da</strong>s</strong> recompensas de grupo, que ia ser <strong>da</strong><strong>da</strong> a<br />

ca<strong>da</strong> elemento do grupo uma parte <strong>da</strong> informação total necessária para realizar o<br />

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