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A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...

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egulação interna dos ritmos de aprendizagem pelos colegas; atitudes positivas para com<br />

os conteúdos <strong>da</strong> aprendizagem; o desenvolvimento de estratégias cognitivas de ordem<br />

mais eleva<strong>da</strong>; o confronto entre ideias, opiniões, teorias e conclusões; a motivação para<br />

aprender; a retenção a longo prazo; o nível de compreensão mais profundo e o<br />

desenvolvimento do pensamento crítico.<br />

Apesar de todos os benefícios referidos, alguns autores referem que se os<br />

métodos cooperativos não forem utilizados de forma adequa<strong>da</strong>, podem apresentar<br />

desvantagens.<br />

Lopes e Silva (2009) fazem referência a algumas dessas desvantagens: (a) os<br />

alu<strong>no</strong>s valorizam muitas vezes o processo ou os procedimentos em detrimento <strong>da</strong><br />

aprendizagem; (b) em vez de reestruturarem as conceções alternativas, os alu<strong>no</strong>s podem<br />

reforçá-las; (c) a socialização e as relações interpessoais podem ter primazia sobre a<br />

aprendizagem concetual; (d) pode haver um aumento, em vez de uma diminuição, dos<br />

estatutos dentro dos grupos; e (e) os alu<strong>no</strong>s podem simplesmente mu<strong>da</strong>r a dependência<br />

do professor para a dependência do “perito” do grupo.<br />

Outros autores consideram outras desvantagens <strong>da</strong> aprendizagem cooperativa:<br />

1) “Dispersão <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de”/“an<strong>da</strong>r à boleia” (Slavin, 1999 como<br />

citado em Lopes & Silva, 2009). Enquanto alguns alu<strong>no</strong>s trabalham há outros que não<br />

participam, quer seja por preguiça ou porque são encarados pelos outros como me<strong>no</strong>s<br />

capazes.<br />

2) Perigo de especialização na tarefa. Se a matéria é dividi<strong>da</strong> por vários grupos<br />

de trabalho, os alu<strong>no</strong>s aprendem muito sobre a parte em que trabalharam, mas não sobre<br />

o resto <strong>da</strong> matéria.<br />

3) Forma de exploração (Robinson & Clinkenbeard, 1998 como citado em<br />

Arends, 2008). O facto se de colocar os alu<strong>no</strong>s com maiores capaci<strong>da</strong>des a trabalhar<br />

com outros que têm mais dificul<strong>da</strong>des não beneficia necessariamente os primeiros e a<br />

utilização desta estratégia é considera<strong>da</strong> como uma forma de exploração desses alu<strong>no</strong>s.<br />

Fraile (1998) refere que quando o professor pretende implementar a<br />

aprendizagem cooperativa na sala de aula torna-se necessário doses de persistência e<br />

paciência sobretudo <strong>no</strong> início.<br />

As desvantagens deste método de aprendizagem devem ser encara<strong><strong>da</strong>s</strong> como<br />

desafios, tanto para o professor como para os alu<strong>no</strong>s. Apesar <strong><strong>da</strong>s</strong> dificul<strong>da</strong>des iniciais,<br />

os frutos de um trabalho bem pensado virão a seu tempo.<br />

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