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A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...

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entendimento e a<strong>da</strong>ptação ao mundo que os rodeia. O mesmo autor refere que em<br />

grupos cooperativos, os alu<strong>no</strong>s aprendem mais facilmente os conceitos, armazenando-os<br />

na memória a longo prazo e usam, frequentemente, estratégias de raciocínio mais<br />

elabora<strong><strong>da</strong>s</strong>, tornando-os capazes de aplicar o que aprenderam a situações do mundo real.<br />

Stahl (1996) partilha <strong>da</strong> opinião de Johnson, Johnson e Smith (1991),<br />

relativamente à importância do trabalho cooperativo na educação em Ciências. Os<br />

autores advogam que enquanto trabalham juntos, os alu<strong>no</strong>s monitorizam a participação<br />

e as contribuições uns dos outros, <strong>da</strong>ndo feedback uns aos outros, acerca <strong><strong>da</strong>s</strong> suas ideias<br />

e raciocínios. Esta ativa troca intelectual contribui para a aprendizagem cognitiva, para<br />

avaliar criticamente informação científica, utilizando processos de raciocínio com base<br />

<strong>no</strong> método científico. Segundo Gillies (2007), a aprendizagem cooperativa fomenta não<br />

só a entreaju<strong>da</strong>, a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, o respeito e a auto-estima, bem como a competência de<br />

adquirir objetivos comuns. A aquisição de to<strong><strong>da</strong>s</strong> estas competências reveste-se de<br />

particular importância para o processo de ensi<strong>no</strong>-aprendizagem <strong><strong>da</strong>s</strong> Ciências.<br />

Staver (2007), tal como Johnson et al. (1991) e Stahl (1996), valoriza o uso <strong>da</strong><br />

aprendizagem cooperativa na educação em Ciências. Para este autor, a educação em<br />

Ciências visa três grandes finali<strong>da</strong>des: preparar os alu<strong>no</strong>s para estu<strong>da</strong>r Ciência <strong>no</strong>s<br />

níveis de ensi<strong>no</strong> mais elevados; habilitá-los para entrar <strong>no</strong> mercado de trabalho, para<br />

desempenhar profissões e para se dedicarem à investigação científica e, por último,<br />

prepará-los para serem ci<strong>da</strong>dãos com maior literacia científica. De acordo com um<br />

extenso e crescente corpo de investigação, Staver (2007) enunciou oito princípios para<br />

que os professores possam ensinar, de forma eficaz, ciências a alu<strong>no</strong>s de to<strong><strong>da</strong>s</strong> as<br />

i<strong>da</strong>des:<br />

1. Pensar o ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong> Ciência como um meio deliberado para um fim<br />

importante: a aprendizagem dos alu<strong>no</strong>s;<br />

2. Concentrar-se <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> ideias científicas nucleares que têm maior<br />

importância;<br />

3. Promover uma compreensão científica profun<strong>da</strong> através do ensi<strong>no</strong> que<br />

traduza a natureza e as características do inquérito em Ciência, os valores <strong>da</strong> Ciência e o<br />

corpo do conhecimento científico;<br />

4. Quando se planeiam e se dão aulas de Ciências, deve ter-se em conta a<br />

interação complexa entre a maturação biológica dos alu<strong>no</strong>s, os seus conhecimentos e<br />

experiências anteriores e as capaci<strong>da</strong>des de raciocínio, de modo que as lições desafiem,<br />

mas não desvalorizem as capaci<strong>da</strong>des cognitivas dos alu<strong>no</strong>s;<br />

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