A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...
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esistência dos alu<strong>no</strong>s aos métodos de aprendizagem cooperativa;<br />
necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> familiarização com os métodos de aprendizagem cooperativa<br />
e de orientar a aula;<br />
necessi<strong>da</strong>de de trei<strong>no</strong> do professor em métodos de aprendizagem cooperativa;<br />
turmas grandes e instalações na sala de aula inapropria<strong><strong>da</strong>s</strong>.<br />
Além dos fatores mencionados condicionarem a utilização <strong>da</strong> aprendizagem<br />
cooperativa, Fraile (1998 como citado em Fontes & Freixo, 2004), revela que os<br />
professores apontam outras dificul<strong>da</strong>des na sua utilização, como por exemplos: (a) os<br />
alu<strong>no</strong>s apresentarem ritmos de trabalho e níveis académicos diferentes; (b) os alu<strong>no</strong>s<br />
manifestarem atitudes individuais de trabalho e aprendizagens marcantes e diferentes;<br />
(c) o professor não ter formação nem motivação para a utilização desta metodologia; e<br />
(d) a falta de apoio, quer por parte dos professores de um conselho de turma, quer <strong><strong>da</strong>s</strong><br />
próprias famílias, cujas preocupações se centralizam essencialmente na obtenção de<br />
conhecimentos em detrimento do desenvolvimento de competências sociais e afetivas.<br />
Mir et al. (1998) e Palmer, Peters e Streetman (2003) consideram que as<br />
dificul<strong>da</strong>des <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong> aprendizagem cooperativa está relaciona<strong>da</strong> com o<br />
modo de organização escolar vigorante nas escolas, porque os professores agarrados aos<br />
programas e ao modo como se organizam os departamentos curriculares, dificilmente<br />
têm vontade de utilizar metodologias i<strong>no</strong>vadoras.<br />
A aprendizagem cooperativa leva tempo para ser implementa<strong>da</strong>, o que pode<br />
ocasionar um atraso na aprendizagem dos conteúdos e <strong><strong>da</strong>s</strong> competências necessárias<br />
para a eficiência do trabalho em grupo. Esta fase inicial de implementação pode <strong>da</strong>r ao<br />
professor sentimentos de insegurança e de receio. O professor está habituado a<br />
apresentar to<strong>da</strong> a matéria para a turma e quando põe os alu<strong>no</strong>s a trabalhar apenas numa<br />
parte dessa matéria pode causar-lhe uma certa ansie<strong>da</strong>de em relação àquilo que os seus<br />
alu<strong>no</strong>s aprendem. Ou seja, o professor receia que os alu<strong>no</strong>s apren<strong>da</strong>m apenas a parte <strong>da</strong><br />
matéria que trabalharam. Além do mais, o professor está acostumado a ser um mero<br />
transmissor de conhecimentos. Ao não mostrar tudo aquilo que sabe sobre determinado<br />
conteúdo, pode causar-lhe falta de confiança nas suas capaci<strong>da</strong>des educativas. Outra<br />
dificul<strong>da</strong>de é que, infelizmente, os manuais trazem poucas sugestões de ativi<strong>da</strong>des de<br />
grupo o que leva à necessi<strong>da</strong>de de criar materiais complementares. Assim, o tempo do<br />
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