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A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...

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1.4. Importância do estudo<br />

Tal como referido <strong>no</strong> ponto 1.2, a cooperação aparece como uma competência<br />

transversal essencial, presente em todos os documentos orientadores do currículo do<br />

Ensi<strong>no</strong> Básico e Secundário. Segundo estes documentos, o professor deve desenvolver<br />

ações com a finali<strong>da</strong>de de promover ativi<strong>da</strong>des de aprendizagem cooperativa na sala de<br />

aula.<br />

Também a socie<strong>da</strong>de atual apela ca<strong>da</strong> vez mais, a que os ci<strong>da</strong>dãos adotem<br />

atitudes mais cooperativas e me<strong>no</strong>s competitivas. A socie<strong>da</strong>de em geral, e o mercado de<br />

trabalho em particular, espera que a Escola habilite os jovens com competências que<br />

lhes possibilitem trabalhar em equipa, intervir de uma forma autó<strong>no</strong>ma e crítica e<br />

resolver problemas de uma forma colaborativa (Lopes & Silva, 2009). Segundo estes<br />

autores, na cooperação salientam-se os ideais de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, de conjugação de<br />

esforços, de responsabili<strong>da</strong>de individual e de interdependência positiva.<br />

A Escola, além <strong>da</strong> aprendizagem dos conteúdos específicos tem, ain<strong>da</strong>, a<br />

responsabili<strong>da</strong>de pela formação integral dos alu<strong>no</strong>s. Desta forma, o desafio que se lhe<br />

apresenta é proporcionar aos alu<strong>no</strong>s o desenvolvimento de atitudes e competências que<br />

permitam a sua intervenção e transformação na socie<strong>da</strong>de de que fazem parte (Freire,<br />

1991). Deste modo, considerando que estas atitudes e competências não se ensinam<br />

através dos métodos expositivos, a adoção <strong>da</strong> aprendizagem cooperativa é<br />

extremamente benéfica.<br />

Bessa e Fontaine (2002) referem que o perfil de trabalho cooperativo permite<br />

exatamente que os alu<strong>no</strong>s desenvolvam competências que estão muito para além do<br />

estrito domínio e reprodução dos conteúdos curriculares expostos pelo docente. Os<br />

mesmos autores mencionam que os métodos cooperativos obrigam à manutenção e<br />

satisfação de objetivos em quadros sociais de interdependência e reciproci<strong>da</strong>de, o que<br />

faz com que os indivíduos apren<strong>da</strong>m melhor o conceito de vi<strong>da</strong> em comuni<strong>da</strong>de e o<br />

exercício de direitos e deveres individuais e coletivos, próprios do exercício <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia democrática. A reciproci<strong>da</strong>de e a interdependência aproximam os indivíduos,<br />

fazendo-os reparar <strong>no</strong> outro e respeitá-lo, independentemente <strong><strong>da</strong>s</strong> suas diferenças. Por<br />

outro lado, a mu<strong>da</strong>nça estrutural do papel do docente “liberta” os alu<strong>no</strong>s do carácter<br />

<strong>no</strong>rmativo e disciplinador do trabalho letivo, transpondo-os para uma dimensão que<br />

valoriza a auto<strong>no</strong>mia e a descoberta pessoal dos conhecimentos, <strong>no</strong> quadro de peque<strong>no</strong>s<br />

grupos.<br />

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