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A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...

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o mesmo autor refere que os grupos homogéneos apresentam alguns inconvenientes,<br />

uma vez que estes não proporcionam interações positivas entre alu<strong>no</strong>s - fator<br />

imprescindível para educar valores, <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente a cooperação - e, se os elementos do<br />

grupo manifestam características negativas, o clima do grupo pode tornar-se pouco<br />

propício e pouco motivador para o processo de ensi<strong>no</strong>-aprendizagem. O mesmo autor<br />

menciona, igualmente, que são os grupos heterogéneos os que se ajustam mais à<br />

socie<strong>da</strong>de, que é similarmente heterogénea.<br />

No entanto, Johnson et al. (1999) alertam para o facto de que o que determina a<br />

produtivi<strong>da</strong>de de um grupo não é tanto quem são os seus membros mas em que medi<strong>da</strong><br />

trabalham bem juntos.<br />

Em síntese, apesar de as opiniões não serem unânimes, a constituição dos grupos<br />

heterogéneos ou homogéneos deve ser feita segundo os objetivos de aprendizagem,<br />

necessi<strong>da</strong>des dos alu<strong>no</strong>s e do professor. Se este pretende facilitar a sua intervenção <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de determina<strong><strong>da</strong>s</strong> competências, deve constituir grupos homogéneos.<br />

Contudo, deve ter em conta que se o grupo homogéneo que estabelecer for apenas<br />

constituído por alu<strong>no</strong>s com baixo rendimento escolar, o processo de ensi<strong>no</strong>aprendizagem<br />

para estes alu<strong>no</strong>s pode tornar-se pouco motivador, gerando, <strong>no</strong>s mesmos,<br />

expetativas negativas.<br />

Por outro lado, ao constituir grupos heterogéneos o professor possibilita um<br />

aumento do conflito de ideias, de diferentes perspetivas e processos de resolução de<br />

problemas, o que estimula a aprendizagem, a criativi<strong>da</strong>de e o desenvolvimento<br />

cognitivo, atitudinal e afetivo. Os grupos heteróge<strong>no</strong>s permitem ain<strong>da</strong>, aumentar a<br />

quali<strong>da</strong>de do raciocínio quando os alu<strong>no</strong>s dão e recebem explicações e a retenção a<br />

longo prazo.<br />

Relativamente ao tamanho do grupo de aprendizagem cooperativa, não existe<br />

uma dimensão ideal. A dimensão do grupo pode depender do tipo de ativi<strong>da</strong>de que se<br />

pretende realizar e do nível de competências cooperativas adquiri<strong><strong>da</strong>s</strong> pelos seus<br />

elementos.<br />

O tamanho dos grupos pode condicionar a aprendizagem, devendo estes ser<br />

relativamente peque<strong>no</strong>s. Marza<strong>no</strong> (2007) recomen<strong>da</strong>, como mais eficientes para a<br />

maioria <strong><strong>da</strong>s</strong> situações, grupos de 3 a 4 elementos. O aumento do número de elementos,<br />

relativamente a este número, reflete-se numa diminuição de ganhos na aprendizagem.<br />

Também, Freitas e Freitas (2002) mencionam que a experiência tem demonstrado que<br />

mais do que quatro elementos por grupo torna o trabalho complicado e, desta forma, os<br />

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