A Aprendizagem Cooperativa no Ensino das Ciências Naturais e da ...
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A interdependência positiva, a responsabili<strong>da</strong>de individual e a presença de<br />
competências sociais foram três dos elementos essenciais dos grupos cooperativos que<br />
estiveram presentes na grande maioria <strong><strong>da</strong>s</strong> situações de aprendizagem e que motivou a<br />
entreaju<strong>da</strong> entre os demais elementos do grupo. O aumento <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de<br />
individual permitiu que os alu<strong>no</strong>s fossem responsáveis pela sua própria aprendizagem e<br />
pela dos seus colegas. No decorrer do estudo, os alu<strong>no</strong>s deram mais importância aos<br />
esforços de grupo para a realização <strong><strong>da</strong>s</strong> tarefas do que aos individuais, melhoraram a sua<br />
aprendizagem considerando as opiniões sobre o trabalho <strong>da</strong><strong><strong>da</strong>s</strong> pelos seus colegas e<br />
tornaram-se mais capazes de aju<strong>da</strong>r os seus colegas, especialmente os que revelavam<br />
maior dificul<strong>da</strong>de, demonstrando um aumento <strong>da</strong> interdependência positiva entre eles.<br />
A utilização <strong>da</strong> aprendizagem cooperativa, na opinião dos alu<strong>no</strong>s, permitiu-lhes,<br />
ain<strong>da</strong>, que os mesmos fossem adquirindo ou melhorando determina<strong><strong>da</strong>s</strong> competências<br />
sociais, tais como a cooperação, a entreaju<strong>da</strong>, a ser mais paciente e tolerante, a aceitar as<br />
diferenças, a comunicar de forma clara e a desenvolver o espírito de grupo e a<br />
capaci<strong>da</strong>de de ouvir as ideias dos outros colegas.<br />
Os alu<strong>no</strong>s mostraram-se, ain<strong>da</strong>, recetivos em aplicar a aprendizagem cooperativa<br />
<strong>no</strong>utras disciplinas, o que demonstra, sem dúvi<strong>da</strong>, as vantagens que percecionaram<br />
relativamente a esta metodologia de ensi<strong>no</strong>-aprendizagem.<br />
Desta forma, os <strong>no</strong>ssos resultados, ain<strong>da</strong> que decorrentes de uma amostra<br />
reduzi<strong>da</strong> e portanto, sem possibili<strong>da</strong>des de generalização, permitiram-<strong>no</strong>s concor<strong>da</strong>r<br />
com Sanches (1994) e Fraile (1998), quando referem que a aprendizagem cooperativa<br />
apresenta vantagens sobre outros modelos de ensi<strong>no</strong>-aprendizagem, <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente a<br />
motivação para aprender e o aumento <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de individual. Segundo Iqbal<br />
(2004) e Willis (2011) se compararmos a cooperação, a competição e a aprendizagem<br />
individualista, verifica-se que os alu<strong>no</strong>s ao cooperar aprendem mais matéria e retêm<br />
melhor e durante mais tempo o conhecimento. Também Lopes e Silva (2009)<br />
mencionam que a aprendizagem cooperativa estabelece um clima de cooperação, cria<br />
um sistema de apoio social mais forte e melhora a satisfação do alu<strong>no</strong> com as<br />
experiências de aprendizagem. De acordo com os mesmos autores, estes resultados<br />
apontam para a importância <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong> metodologia de aprendizagem<br />
cooperativa em que todos os alu<strong>no</strong>s são chamados a participar diretamente em to<strong><strong>da</strong>s</strong> as<br />
ativi<strong>da</strong>des.<br />
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