Relatório de Auditoria nº 14/2003 - 2ª Secção - Tribunal de Contas
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1.3 Metodologia e Objectivos gerais<br />
A metodologia utilizada pela equipa <strong>de</strong> auditoria teve subjacente os princípios, métodos e técnicas<br />
utilizados pelo <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> e constantes do seu Manual <strong>de</strong> <strong>Auditoria</strong> e Procedimentos e, bem<br />
assim, as práticas e normas aceites pelas organizações internacionais <strong>de</strong> controlo externo como é o<br />
caso da INTOSAI 2 , em especial, as linhas <strong>de</strong> orientação sobre as melhores práticas <strong>de</strong>finidas por<br />
esta entida<strong>de</strong> no domínio das auditorias a parcerias público-privadas e concessões. Teve ainda<br />
subjacente as boas práticas (best practice) utilizadas pelo National Audit Office (NAO) 3 , em<br />
trabalhos <strong>de</strong>sta natureza.<br />
A metodologia utilizada integra quatro vertentes <strong>de</strong> controlo consentâneas com a abordagem value<br />
for money empreendida pelo NAO em auditorias semelhantes, a saber:<br />
Quanto à Fase <strong>de</strong> Planeamento – Nesta vertente proce<strong>de</strong>u-se à análise dos objectivos que<br />
presidiram à realização do programa <strong>de</strong> concessões, dos suportes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão conducentes à<br />
realização dos projectos, isto é, do trabalho, em geral, realizado pelo conce<strong>de</strong>nte nesta fase.<br />
Quanto à Fase Concursal (processo <strong>de</strong> concurso) – Neste aspecto, foi tido, como objectivo<br />
fundamental, aferir da soli<strong>de</strong>z, transparência e competitivida<strong>de</strong> dos processos <strong>de</strong> concurso.<br />
Quanto à mais valia técnica das propostas/projectos escolhidos – Nesta vertente, elegeu-se,<br />
como objectivo fundamental, apreciar da mais valia dos projectos adjudicados, numa óptica<br />
económica, financeira e técnica e num contexto <strong>de</strong> interesse e risco públicos.<br />
Quanto ao posicionamento do sector público – O trabalho <strong>de</strong>senvolvido nesta vertente visou,<br />
fundamentalmente, aferir do posicionamento do Estado, em termos <strong>de</strong> assunção <strong>de</strong> riscos, <strong>de</strong><br />
envolvimento financeiro e <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão para assegurar os níveis <strong>de</strong> serviços contratados,<br />
num contexto <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> financeira.<br />
Tendo em atenção os objectivos <strong>de</strong>lineados para a auditoria, proce<strong>de</strong>u-se à execução do trabalho<br />
<strong>de</strong> campo, o qual <strong>de</strong>correu nas instalações do IEP, no período compreendido entre 13 <strong>de</strong> Maio e<br />
30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2002.<br />
No <strong>de</strong>correr da auditoria, foram adoptados, entre outros, os seguintes procedimentos:<br />
Ä Realização <strong>de</strong> reuniões com os principais responsáveis do IEP ligados ao pelouro das<br />
concessões;<br />
Ä elaboração e entrega <strong>de</strong> questionários junto daquela entida<strong>de</strong> e subsequente análise das suas<br />
respostas;<br />
2 International Organization of Supreme Audit Institutions, instituição criada em 1953, no seio da ONU e que congrega<br />
Instituições Superiores <strong>de</strong> Controlo Financeiro <strong>de</strong> todo o mundo. Portugal é seu membro fundador e actualmente membro do seu<br />
Conselho Directivo.<br />
3 Congénere do <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> no Reino Unido.<br />
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