Relatório de Auditoria nº 14/2003 - 2ª Secção - Tribunal de Contas
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Consubstanciam-se, ainda, na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitar o know how privado e, <strong>de</strong>ssa forma,<br />
incentivar a melhoria da qualida<strong>de</strong> do serviço prestado, reduzir os <strong>de</strong>sequilíbrios regionais, aumentar<br />
a oferta <strong>de</strong> infra-estruturas em zonas <strong>de</strong> menor cobertura, partilhar os riscos e benefícios relativos ao<br />
investimento com o sector privado e permitir a construção <strong>de</strong> auto-estradas cujo número <strong>de</strong> nós<br />
<strong>de</strong>saconselharia a introdução <strong>de</strong> portagens.<br />
I<strong>de</strong>ntifica, também, o citado diploma, como objectivo <strong>de</strong>ste programa, a criação em Portugal dum<br />
sector <strong>de</strong> construção e exploração <strong>de</strong> estradas altamente competitivo.<br />
O esquema seguinte permite i<strong>de</strong>ntificar, sinteticamente, esses objectivos:<br />
• Reduzir os<br />
<strong>de</strong>sequilíbrios regionais<br />
aumentando a oferta <strong>de</strong><br />
infra-estruturas<br />
rodoviárias em zonas<br />
• Permitir a construção<br />
<strong>de</strong> auto-estradas em<br />
que, tecnicamente, o<br />
número <strong>de</strong> nós <strong>de</strong><br />
ligação <strong>de</strong>saconselha<br />
a introdução <strong>de</strong><br />
portagens.<br />
Objectivos<br />
das concessões<br />
SCUT<br />
• Partilhar com o<br />
sector privado os<br />
benefícios e riscos<br />
inerentes ao<br />
• Acelerar a execução<br />
do PRN.<br />
• Minimizar o esforço<br />
financeiro do Estado.<br />
• Incentivar a melhoria da<br />
qualida<strong>de</strong> do serviço<br />
prestado e a inovação.<br />
O que ressalta, contudo, <strong>de</strong> toda a panóplia <strong>de</strong> objectivos traçados para estas concessões é a<br />
necessida<strong>de</strong> da sua rápida implementação e ainda a <strong>de</strong>soneração do Orçamento do Estado, sendo<br />
certo que se permitiu a concretização <strong>de</strong> parte do PRN. Ao que tudo indica, em <strong>2003</strong>, completarse-ão<br />
as SCUT Beira Interior e Algarve.<br />
Acresce que não se tem conhecimento <strong>de</strong> que, previamente ao lançamento <strong>de</strong>ste programa <strong>de</strong><br />
concessões, se haja procedido à <strong>de</strong>monstração dos benefícios <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo por contraposição ao<br />
mo<strong>de</strong>lo tradicional <strong>de</strong> financiamento (via orçamento do Estado). Por outras palavras, o Estado não<br />
apurou previamente o value for money do mo<strong>de</strong>lo português das SCUT, sendo certo que as boas<br />
práticas seguidas em outros países que lançaram mão do referido mo<strong>de</strong>lo, claramente o<br />
aconselhavam.<br />
Em suma, a motivação subjacente e <strong>de</strong>terminante do lançamento <strong>de</strong>ste programa <strong>de</strong><br />
concessões SCUT, pren<strong>de</strong>u-se mais com a transferência do seu financiamento para o<br />
sector privado, do que com o que essa solução traria, em termos <strong>de</strong> valor acrescentado,<br />
para o erário público.<br />
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