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Relatório de Auditoria nº 14/2003 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

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Em termos <strong>de</strong> soli<strong>de</strong>z económico financeira, a proposta apresenta um equilíbrio quase<br />

suficiente, apesar <strong>de</strong> apresentar situações líquidas negativas em diversos períodos. Com efeito,<br />

é passível <strong>de</strong> merecer nota negativa a inexistência <strong>de</strong> medidas que permitam, <strong>de</strong> um modo<br />

eficiente, fazer face às necessida<strong>de</strong>s adicionais <strong>de</strong> fundos, sendo estas supridas através <strong>de</strong><br />

saldos <strong>de</strong> caixa negativos. De acordo com a Comissão, a proposta revela ainda uma robustez<br />

suficiente.<br />

Em termos gerais, a NORSCUT reduziu ligeiramente o equilíbrio económico-financeiro e a<br />

robustez da sua proposta. Na verda<strong>de</strong> esta empresa aumentou o nível <strong>de</strong> risco assumido em<br />

relação à primeira fase do concurso. Apesar da TIR accionista, no cenário optimista do<br />

Estado, sofrer uma redução notável em relação à 1ª fase do concurso, ao passar <strong>de</strong> 18,76% para<br />

11,75%, a TIR <strong>de</strong> projecto, no cenário mais <strong>de</strong>sfavorável, continua a apresentar valores<br />

superiores à TIR da dívida, o que significa que o nível <strong>de</strong> risco assumido pela NORSCUT é<br />

claramente insuficiente.<br />

A proposta final apresentada pela NORSCUT sofreu, em relação à 1ª fase do concurso, uma<br />

redução <strong>de</strong> preço da or<strong>de</strong>m dos 80 milhões <strong>de</strong> Euros. O VAL esperado dos pagamentos do<br />

Estado à concessionária atingiu cerca <strong>de</strong> 384 milhões <strong>de</strong> Euros.<br />

A maior competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta proposta, em termos <strong>de</strong> preço, resulta essencialmente dos<br />

menores custos <strong>de</strong> construção apresentados pela NORSCUT, <strong>de</strong>stacando-se ainda, na fase<br />

<strong>de</strong> negociações, a diminuição do custo <strong>de</strong> construção verificado na realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte<br />

especiais, que acabam, assim, por penalizar as soluções estruturais e a qualida<strong>de</strong> estética <strong>de</strong> tais<br />

obras <strong>de</strong> arte.<br />

SCUT Costa da Prata<br />

Os accionistas da LUSOSCUT apresentaram, <strong>de</strong> acordo com a CAP, uma razoável capacida<strong>de</strong><br />

financeira para fazer face às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fundos próprios do projecto.<br />

Em termos <strong>de</strong> experiência em concepção e elaboração <strong>de</strong> projecto, a empresa apresentou uma<br />

boa capacida<strong>de</strong> e experiência, <strong>de</strong>clarando cerca <strong>de</strong> 360 quilómetros <strong>de</strong> projecto <strong>de</strong> execução <strong>de</strong><br />

vias rápidas e auto-estradas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. Em matéria <strong>de</strong> construção, a LUSOSCUT <strong>de</strong>stacou-se<br />

pela sua relevante experiência em obras rodoviárias, realizadas maioritariamente em Portugal,<br />

num valor total apurado <strong>de</strong> 1 365 milhões <strong>de</strong> Euros. No que respeita à experiência em<br />

conservação e gestão <strong>de</strong> empreendimentos a experiência <strong>de</strong>sta empresa é mais mo<strong>de</strong>sta,<br />

dado que apresentou apenas cerca <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> Euros em contratos <strong>de</strong> conservação.<br />

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