Relatório de Auditoria nº 14/2003 - 2ª Secção - Tribunal de Contas
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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
Quanto ao financiamento da concessão, na fase <strong>de</strong> construção, sublinhe-se que cerca <strong>de</strong> 87% das<br />
verbas resultam <strong>de</strong> empréstimos bancários, nomeadamente <strong>de</strong> um sindicato <strong>de</strong> bancos comerciais e<br />
do BEI, representando estes, <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo financeiro - Caso Base, um custo médio <strong>de</strong><br />
8,83%. Os fundos próprios dos accionistas representam cerca <strong>de</strong> 9,4% da estrutura <strong>de</strong><br />
financiamento da concessão e assumem um custo da or<strong>de</strong>m dos 13%, no que respeita à sua<br />
remuneração.<br />
Os custos financeiros atingem 823,2 milhões <strong>de</strong> Euros e os divi<strong>de</strong>ndos cerca <strong>de</strong> 345,5<br />
milhões <strong>de</strong> Euros. Os custos financeiros representam quase 70% do custo total <strong>de</strong><br />
investimento e <strong>de</strong> operação e manutenção.<br />
A estrutura accionista da SCUTVIAS é composta pelas seguintes empresas: Soares da Costa<br />
(20%); Teixeira Duarte (20%); Dragados (20%); Sopol (13,34%); Ramalho Rosa Cobertar<br />
(13,34%); e Alves Ribeiro (13,33%).<br />
No que respeita aos critérios chave utilizados para efeitos do reequilíbrio financeiro da concessão,<br />
os valores previstos são: 13,03 para taxa interna <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> accionista (TIR); 1,39 para o rácio<br />
<strong>de</strong> cobertura do serviço da dívida (RCSD); e 1,41 para o rácio <strong>de</strong> cobertura da vida do empréstimo<br />
(RCVE).<br />
Este projecto apresenta uma Taxa Interna <strong>de</strong> Rendibilida<strong>de</strong> (antes <strong>de</strong> impostos) <strong>de</strong> 7,35%.<br />
SCUT Beiras Litoral e Alta<br />
A presente concessão foi adjudicada em 29 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2001 à<br />
empresa LUSOCUT BLA, tendo o contrato sido objecto <strong>de</strong><br />
visto tácito do <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> em 29 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2001.<br />
O projecto integra uma extensão total <strong>de</strong> 166,8 km <strong>de</strong><br />
concessão, correspon<strong>de</strong>ndo 161,8 Km a construção nova e<br />
apenas 5 Km a construção já existente. A entrada em serviço<br />
<strong>de</strong>sta Auto-estrada está prevista para o 2º semestre <strong>de</strong> 2006. A<br />
exploração do empreendimento fica a cargo <strong>de</strong> um terceiro, para<br />
o qual foi transferido o risco <strong>de</strong> conservação e gestão da<br />
concessão.<br />
O custo <strong>de</strong>sta empreitada está calculado, a preços correntes, em 693,4 milhões <strong>de</strong> Euros. Os<br />
montantes totais <strong>de</strong> investimento e <strong>de</strong> operação e manutenção do empreendimento atingem, nos<br />
termos do Caso Base, 1 636,3 milhões <strong>de</strong> Euros.<br />
Mod. TC 1999.001<br />
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