Agosto de 2004

2 EVOLUÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA2.1 MOEDA E CRÉDITO DAS IFMApesar do aumento observado na taxa de crescimento homóloga do M3 em Junho de 2004, a análisedas principais componentes e contrapartidas indica que os investidores da área do euro continuarama normalizar a afectação das respectivas carteiras de modo gradual, deslocando fundos para activosa mais longo prazo fora do M3. Ao mesmo tempo, o crescimento do M3 parece ser cada vez maisimpulsionado pelo nível baixo das taxas de juro na área do euro, verificando-se um volumesignificativamente maior de liquidez na área do euro do que o necessário para financiar um crescimentoeconómico não inflacionista. O nível baixo das taxas de juro também suportou o contínuo dinamismodos empréstimos das IFM ao sector privado. Os empréstimos às famílias, especialmente para aquisiçãode habitação, continuam a ser o principal dinamizador do crescimento do crédito ao sector privado.A taxa de crescimento dos empréstimos das IFM às sociedades não financeiras recuperou ligeiramentenos últimos meses, reflectindo a melhoria da conjuntura económica e condições de financiamento favoráveis.AGREGADO MONETÁRIO LARGO M3A taxa de crescimento homóloga do M3 aumentou para 5.4% em Junho de 2004, face a 4.8% nomês anterior (ver Gráfico 3). Este aumento reflectiu um aumento mensal em cadeia significativo(0.7%) em Junho. Contudo, numa perspectiva ligeiramente a mais longo prazo, a média de trêsmeses das taxas de crescimento homólogas do M3 caiu para 5.2% no período entre Abril e Junhode 2004, face a 5.5% no período entre Março e Maio.A análise de algumas das principais componentes e contrapartidas do M3 indica que a inversãogradual de ajustamentos de carteira ocorridos nopassado, que privilegiaram a moeda, prosseguiram Gráfico 3 Crescimento do M3 e valorem Junho. Porém e paralelamente, o nível baixo de referênciadas taxas de juro suportou a expansão do crédito,(taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitostendo assim estimulado o crescimento monetário de sazonalidade e de calendário)do lado das contrapartidas.Na área do euro existe consideravelmente maisliquidez do que a necessária para financiar umcrescimento não inflacionista. Na presenteconjuntura, não é possível saber com certeza comque finalidade o excesso de liquidez será utilizadono futuro. No entanto, se partes significativas dessasdetenções de liquidez forem transformadas emsaldos para transacções, particularmente numaocasião de fortalecimento da confiança e daactividade económica, os riscos inflacionistasaumentarão.10.09.08.07.06.05.0M3 (média móvel de três meses centrada da taxade crescimento homóloga)M3 (taxa de crescimento homóloga)M3 (taxa de crescimento a seis meses anualizada)valor de referência (4 1 /2%)10.09.08.07.06.05.0PRINCIPAIS COMPONENTES DO M3Em Junho de 2004, a taxa de crescimento homólogado agregado monetário estreito M1 aumentou para9.6%, face a 9.3% no mês anterior (ver Quadro 1).Este aumento reflectiu uma subida da taxa decrescimento homóloga dos depósitos à ordem (para7.8%, face a 7.4% em Maio). Pelo contrário, a taxa12 BCEBoletim MensalAgosto 20044.03.02.01999 2000 2001 2002 2003Fonte: BCE.4.03.02.0