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Agosto de 2004

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in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> ser ou não efectivamentepago nesse período. Isso explica a razão pela quala <strong>de</strong>spesa com juros é quase equitativamentedistribuída entre os trimestres.Tal como suce<strong>de</strong> com a <strong>de</strong>spesa com juros, asrestantes componentes da <strong>de</strong>spesa pública,compreen<strong>de</strong>ndo principalmente subsídios econtribuições que ascen<strong>de</strong>m a cerca <strong>de</strong> 7% da<strong>de</strong>spesa pública da área do euro, não revelamqualquer padrão sazonal acentuado.5 TRANSACÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICASA presente secção analisa o perfil trimestral dastransacções financeiras em activos e passivosfinanceiros públicos e a sua relação com a receitae <strong>de</strong>spesa pública. As transacções em activos epassivos financeiros são registadas em termoslíquidos: no caso dos activos financeiros,representam a compra menos a venda <strong>de</strong> activos;no caso dos passivos, mostram a assunção <strong>de</strong>passivos menos o reembolso. Em comparaçãocom a receita e <strong>de</strong>spesa públicas, as transacçõesfinanceiras públicas são reduzidas. Por exemplo,a emissão líquida <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong> longoprazo situa-se ainda abaixo <strong>de</strong> 5% do PIB.As transacções financeiras trimestrais,habitualmente, não seguem os padrões trimestraisda receita e <strong>de</strong>spesa, principalmente por trêsrazões. Em primeiro lugar, embora a receita e a<strong>de</strong>spesa sejam predominantemente contabilizadasnuma base <strong>de</strong> especialização do exercício, astransacções em activos e passivos financeirosreflectem a gestão <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z do sector público.Em segundo lugar, um défice po<strong>de</strong> não ser sófinanciado pela assunção <strong>de</strong> passivos, mas tambémpela cedência <strong>de</strong> activos financeiros. Em terceirolugar, algumas transacções em activos e passivosfinanceiros são efectuadas por motivos <strong>de</strong> políticanão relacionados com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiaro défice. Exemplos disso são a concessão <strong>de</strong>empréstimos a baixo custo a <strong>de</strong>terminados grupos,como sejam estudantes e pequenas empresas, e aprivatização <strong>de</strong> empresas públicas. Estasprivatizações tiveram um impacto temporário massignificativo em alguns países e levaram àreestruturação dos activos financeiros, sem afectaro défice orçamental.De facto, não parece existir um padrão trimestralregular nas transacções em activos financeiros,embora se possam observar claramente impactos<strong>de</strong> situações pontuais especiais. Por exemplo,verificou-se um aumento significativo dos<strong>de</strong>pósitos bancários <strong>de</strong>tidos pelo sector públicoapós a venda <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> UMTS.O padrão trimestral mais óbvio nas transacções<strong>de</strong> passivos foi observado na emissão <strong>de</strong> títulos<strong>de</strong> longo prazo (obrigações <strong>de</strong> dívida pública).Ocorre um pico regular na venda líquida <strong>de</strong>obrigações <strong>de</strong> dívida pública no primeiro trimestre<strong>de</strong> cada ano e, em alguns países, também noterceiro trimestre. O nível da emissão líquida <strong>de</strong>passivos é mais baixo no quarto trimestre, o quese <strong>de</strong>ve principalmente ao facto <strong>de</strong> o quartotrimestre (juntamente com o segundo trimestre)registar o menor défice a financiar.O quadro apresenta um resumo das componentes<strong>de</strong> investimento financeiro e do financiamentodo défice público da área do euro. Um déficepo<strong>de</strong> ser financiado quer pela cedência <strong>de</strong> activosfinanceiros, tais como <strong>de</strong>pósitos bancários, querpela assunção <strong>de</strong> passivos, como, por exemplo, aemissão <strong>de</strong> obrigações <strong>de</strong> dívida pública <strong>de</strong> longoprazo e <strong>de</strong> outros títulos ou recebendo empréstimos.No primeiro trimestre <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, por exemplo, odéfice foi amplamente financiado pela emissão<strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong> longo prazo, que atingiram3.1% do PIB, e títulos <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong> curto prazo,que ascen<strong>de</strong>ram a 1.9% do PIB. A emissão líquida<strong>de</strong> dívida exce<strong>de</strong>u os montantes necessários parao financiamento do défice em 0.6% do PIB.6 RECENTE EVOLUÇÃO DAS FINANÇASPÚBLICAS NUMA PERSPECTIVATRIMESTRALA presente secção analisa as principais tendênciasdas finanças públicas da área do euro nos últimosanos, tal como são apresentadas nas contastrimestrais. Os dados trimestrais confirmam ocenário geral transmitido pelos dados anuais, com80 BCEBoletim Mensal<strong>Agosto</strong> <strong>2004</strong>

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