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Agosto de 2004

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O Gráfico 1 mostra os padrões sazonais dosprincipais agregados relevantes para a análise <strong>de</strong>política orçamental: receita pública, <strong>de</strong>spesapública e saldo orçamental. Na maioria dos anos,o défice é mais baixo no segundo e no quartotrimestres, o que é principalmente umaconsequência do padrão trimestral da receitapública: em muitos países, o IRC e o IRS <strong>de</strong>trabalhadores por conta própria po<strong>de</strong>m ser pagosno segundo e quarto trimestres. O aumento dareceita dos impostos no quarto trimestre foi superiorao da <strong>de</strong>spesa, que é mais elevada nesse trimestre.As situações pontuais afectam esta regularida<strong>de</strong>dos dados, sendo a sua i<strong>de</strong>ntificação precisaessencial para uma avaliação segura da evoluçãodas finanças públicas. Por exemplo, as elevadasvendas <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> UMTS na Alemanha e nosPaíses Baixos no terceiro trimestre <strong>de</strong> 2000 e naItália e na Áustria no quarto trimestre <strong>de</strong> 2000 foramregistadas nas contas nacionais como investimentopúblico negativo. Como se indica no Gráfico 1,essas vendas afectaram o padrão sazonal da <strong>de</strong>spesapública e do financiamento líquido dasadministrações públicas no terceiro e quartotrimestres <strong>de</strong> 2000. Os valores para a <strong>de</strong>spesa epara o défice nos Gráficos 2 e 4 foram portantocorrigidos das vendas <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> UMTS.O Gráfico 2 mostra a evolução do rácio dosprincipais agregados em relação ao PIB, com uma<strong>de</strong>sagregação da <strong>de</strong>spesa em <strong>de</strong>spesa primária epagamento <strong>de</strong> juros. Para cada um <strong>de</strong>stes rácios,o gráfico distingue entre variações regulares dassomas móveis <strong>de</strong> quatro trimestres na parte superiore as suas variações trimestrais em ca<strong>de</strong>ia, emcomparação com as variações trimestrais em ca<strong>de</strong>iado PIB real na parte inferior. Este formato, queapresenta as tendências mais persistentes emconjugação com os <strong>de</strong>senvolvimentos nos prazosmais curtos, será também utilizado nos gráficosseguintes para mostrar <strong>de</strong> que forma se<strong>de</strong>senvolveram as principais componentes da receitae <strong>de</strong>spesa públicas. Como se mostra no Gráfico 2,o padrão sazonal do rácio da receita pública estápraticamente <strong>de</strong> acordo com o da activida<strong>de</strong>económica real, reflectindo os co-movimentos damaior parte das rubricas da receita e da activida<strong>de</strong>económica. Além disso, a volatilida<strong>de</strong> do rácio dareceita é ligeiramente mais elevado do que a dorácio da <strong>de</strong>spesa primária pública. As flutuaçõestrimestrais da <strong>de</strong>spesa com o pagamento <strong>de</strong> jurosem percentagem do PIB são irrelevantes.3 RECEITA PÚBLICAEsta secção apresenta uma análise mais <strong>de</strong>talhadado lado da receita, com uma <strong>de</strong>sagregação dareceita nas suas principais componentes: impostosdirectos, impostos indirectos, contribuições sociaise outras fontes <strong>de</strong> receita pública.Os dados confirmam em maior pormenor a anteriorconclusão <strong>de</strong> que a receita pública é afectada porfenómenos cíclicos. Os <strong>de</strong>svios reflectem emlarga medida o impacto <strong>de</strong> medidas discricionárias.Além disso, acordos administrativos específicospara a recolha das diferentes rubricas da receitatêm um impacto limitado sobre o padrão trimestraldos respectivos rácios. Embora em geral estepadrão seja atenuado pelo princípio contabilísticoda especialização do exercício, as regrascontabilísticas previstas no SEC 95 permitem<strong>de</strong>liberadamente algumas excepções bem <strong>de</strong>finidasa este princípio. As excepções referem-se a casosem que a responsabilida<strong>de</strong> pelo pagamento <strong>de</strong>impostos sobre o rendimento apenas po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>terminada num período contabilístico posterioràquele em que ocorrem os proveitos. Os períodonos quais estes impostos são registados sãoportanto <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong> forma mais flexível. Porexemplo, os <strong>de</strong>scontos obrigatórios sobre asremunerações e os pagamentos regulares porconta relativos ao imposto sobre o rendimentopo<strong>de</strong>m ser registados nos períodos em que sãopagos, enquanto qualquer dívida fiscal finalrelacionada com o rendimento po<strong>de</strong> ser registadano período em que é <strong>de</strong>terminada essa dívida.No Gráfico 3, são apresentados os rácios dareceita corrente pública e das suas principaiscomponentes (impostos directos, impostosindirectos e contribuições sociais), em linha comas mesmas convenções utilizadas no Gráfico 2.Os impostos directos consistem em impostossobre o rendimento <strong>de</strong> pessoas singulares e sobreARTIGOSCaracterísticase utilizaçãodas contastrimestrais dasadministraçõespúblicasBCEBoletim Mensal<strong>Agosto</strong> <strong>2004</strong>75

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