Agosto de 2004

contribuindo positivamente para a confiança naindústria. Um outro contributo positivo consistiunuma ligeira diminuição da avaliação dos stocksde produtos acabados. Porém, uma descida nasexpectativas de produção para os três próximosmeses compensou esta evolução. A melhoria doIGC para o sector da indústria transformadora emJulho foi generalizada às componentes. Continuoua revelar uma expansão do produto e das novasencomendas, após um aumento no segundotrimestre, enquanto as existências de produtosadquiridos continuaram a descer e os prazos deentrega dos fornecedores registaram um novoalargamento.Quanto à actividade no sector dos serviços, osdados do inquérito da Comissão Europeia e oIGC mantiveram-se praticamente inalterados emJulho, sugerindo a continuação de um crescimentopositivo da actividade no sector dos serviços noinício do terceiro trimestre.INDICADORES DA DESPESA DAS FAMÍLIASOs indicadores de consumo privado apresentamum cenário diversificado da evolução no segundoGráfico 22 Produção industrial,confiança na indústria e IGC(dados mensais; corrigidos de sazonalidade)trimestre de 2004. Por um lado, embora as vendas a retalho na área do euro tenham registado umaumento de 1.8% em termos mensais em cadeia em Junho, uma revisão em baixa das vendas aretalho em Maio em alguns países levou a uma descida das vendas a retalho no conjunto do segundotrimestre, em comparação com o primeiro trimestre (ver Gráfico 23). Por outro lado, os dados paraos registos de automóveis novos ligeiros de passageiros até Junho sugerem um aumento significativodesta componente de despesa de consumo no conjunto do segundo trimestre. Os registos de automóveisaumentaram ligeiramente em Junho, depois de terem descido em Maio. Em média, os registos deautomóveis novos ligeiros de passageiros tiveram um aumento de 1.8% no segundo trimestre, emcomparação com o primeiro trimestre de 2004.3210-1-2-3produção industrial 1) (escala da esquerda)confiança na indústria 2) (escala da direita)IGC 3) (escala da direita)-121999 2000 2001 2002 2003 2004Fontes: Eurostat, Inquéritos da Comissão Europeia às Empresase Consumidores, Reuters e cálculos do BCE.1) Indústria transformadora; taxas de variação (%) trimestrais emcadeia.2) Saldos de respostas extremas; variações face a três meses antes.3) Índice de Gestores de Compras; desvios de um valor de índicede 50.12840-4-84.2 MERCADO DE TRABALHODESEMPREGOEm Junho de 2004, a taxa de desemprego manteve-se inalterada em 9.0% face ao mês anterior (verGráfico 24). Tal implica um aumento de 0.1 pontos percentuais entre o primeiro e o segundo trimestresde 2004. Contudo, o aumento do número de desempregados desceu no segundo trimestre face aotrimestre anterior, o que sugere alguma estabilização das condições do mercado de trabalho após adeterioração registada no início de 2004, que se deveu em parte à evolução específica de cada país.Em termos da desagregação por grupo etário, quer a taxa de desemprego dos indivíduos com idadeinferior a 25 anos quer a dos indivíduos com idade igual ou superior a 25 anos permaneceram inalteradasem Junho, em 17.5 % e 7.9%, respectivamente. O aumento da taxa de desemprego total no segundotrimestre concentrou-se principalmente nos indivíduos com idade inferior a 25 anos.46 BCEBoletim MensalAgosto 2004