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o início. Um dos membros do conselho administrativo, que já fizera várias
viagens ao bar, havia parado de dar parabéns ao novo programa de ensino do
hospital. Quando Thomas ficara olhando vagamente em resposta, o homem
havia murmurado uma rápida desculpa e retornado para o salão. Thomas tinha
estado à procura de Ballantine para pedir uma explicação, quando vira Cassi.
Meu Deus, que idiota ele havia sido! Agora que pensava sobre o fato, era
óbvio que George e Cassi estavam tendo um caso. Não era de admirar que ela
nunca se queixasse quando ele ficava tantas vezes no hospital. Impiedosamente,
sua mente mortificava-o com a ideia de que eles se encontravam em sua própria
casa. O pensamento de George em sua cama fez Thomas soltar um grito de
raiva. Olhando por sobre o ombro, ele viu um casal junto ao portal e,
subitamente, sentiu-se receoso de que eles soubessem do caso. Era evidente que
estavam falando a seu respeito. Ele tomou outro comprimido e tornou a entrar no
salão para tomar outro drinque.
Desvairada para encontrar Thomas, Cassi começou a abrir caminho pelo
salão de estar, desculpando-se na medida em que passava se espremendo por
entre os convidados.
Ela estava a caminho do bar quando deu de cara com o Dr. Obermeyer.
— Que coincidência — exclamou ele. — Minha paciente mais difícil!
Cassi sorriu nervosamente. Ela se lembrou de que havia faltado à promessa
de vê-lo naquele dia.
— A menos que minha memória esteja falhando, você devia marcar sua
operação hoje — disse o Dr. Obermeyer. Falou com Thomas sobre ela?
— Por que não vou ao seu consultório amanhã de manhã? — argumentou
Cassi, evasiva.
— Talvez eu devesse falar com seu marido — disse o Dr. Obermeyer. — Ele
está aqui?
— Não, quero dizer, está, mas não acho que o momento seja oportuno...
Um tremendo grito abalou o salão, fazendo cessar todas as conversas e
interrompendo Cassi no meio da frase. Todo mundo ficou confuso; todo mundo
menos Cassi. Ela reconheceu a voz. Era Thomas! Voltando às pressas para o
salão de jantar, ela ouviu outro grito, seguido do barulho de vidros quebrados.
Forçando o caminho entre os outros convidados, Cassi viu Thomas de pé em
frente ao bufê, o rosto vermelho de raiva, com uma porção de pratos quebrados a
seus pés. Olhando para ele, horrivelmente surpreso, estava George Sherman,
com um drinque numa das mãos e uma cenoura na outra.
Enquanto Cassi observava a cena, George estendeu a mão e bateu de leve
com o pedaço de cenoura no ombro de Thomas, dizendo: