You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
— Eu posso ser uma porção de coisas, mas não sou idiota — respondeu
Thomas asperamente, batendo a porta do carro contra ela. O motor ligou com
um estrondo.
— Thomas, Thomas — chamou Cassi, batendo com uma das mãos contra a
janela e tentando abrir a porta com a outra. Thomas ignorou-a e recuou
rapidamente. Se Cassi não houvesse recuado, afastando-se do carro, teria sido
apanhada pelo mesmo. Olhando fixamente e sem dizer nada, ela viu o Porsche
trovejar pelo caminho abaixo.
Mortificada, ela voltou para a casa. Talvez ela pudesse se esconder num dos
quartos de cima até conseguir arranjar um táxi. Ao retornar para o saguão,
sentiu-se aliviada ao ver que os convidados estavam novamente ocupados com
seus drinques e rindo. Apenas George e o Dr. Ballantine estavam aguardando na
porta.
— Lamento — disse Cassi, embaraçada.
— Não se desculpe — disse o Dr. Ballantine. — Sei que George teve uma
conversa com você. Nós estamos preocupados com Thomas e acho que ele está
com estafa, de tanto trabalhar. Temos planos que vão aliviar a carga de Thomas,
mas ele tem estado tão transtornado ultimamente que não tivemos a
oportunidade de discutir o assunto.
Ballantine e George entreolharam-se.
— É isso mesmo — concordou George. — Acho que o infeliz episódio desta
noite só confirma o que estamos dizendo.
Cassi estava muito assustada e confusa para responder.
— George me disse também que lhe deu o número da minha extensão
particular no hospital. Eu ficaria feliz em vê-la a qualquer hora que você quiser,
Cassi. Por falar nisso, por que você não passa pelo meu consultório amanhã?
— Agora, você não gostaria de se reunir ao pessoal na festa? — perguntou
Ballantine. — Ou prefere que um dos meus rapazes leve você até em casa?
— Eu gostaria de voltar para casa — respondeu Cassi, enxugando os olhos
com o dorso da mão.
— Ótimo — disse Ballantine. — Espere um momento. — Em seguida,
virou-se e subiu as escadas para o segundo andar.
— Desculpe — falou Cassi para George quando eles ficaram sozinhos. —
Não sei o que deu em Thomas.
George abanou a cabeça.
— Cassi, se ele realmente soubesse o quanto me interesso por você, teria
todos os motivos para ter ciúmes. Agora sorria. Eu estava apenas lhe retribuindo
um cumprimento.
E ficou em pé, olhando amorosamente para ela, até que o filho de Ballantine