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Médico Ou Semideus - Robin Cook

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Em contraste com o Essex General, a Emergência estava apinhada de

pacientes. Thomas foi direto ao gabinete de admissões.

— Sua mulher não passou pela Emergência — disse-lhe um dos

funcionários.

O outro funcionário introduziu o nome de Cassi no computador.

— Ela também não foi admitida. Aqui mostra que teve alta esta manhã.

Thomas experimentou uma sensação de vazio no abdome. Onde poderia

estar ela? Ele só tinha outra coisa a pensar. Talvez ela tivesse ido para a Clarkson

Dois.

Embora jamais houvesse parado para especular o motivo, Thomas não

gostava de ir ao andar da psiquiatria. O ambiente fazia-o sentir-se

desconfortável. Ele nem gostava do som que a pesada porta contra fogo fazia

quando se fechava atrás dele com sua vedação impermeável.

Ao andar pelo corredor, seus saltos do sapato ecoavam alto. Ele passou pela

sala comum, onde a TV ainda estava ligada, embora não houvesse ninguém

assistindo-a. Na mesa, uma das enfermeiras, que estava lendo uma revista

médica, olhou para ele como se fosse um dos pacientes.

— Eu sou o Dr. Kingsley — disse Thomas.

A enfermeira assentiu com uma inclinação da cabeça.

— Estou procurando minha mulher, a Dra. Cassidy. Você a viu?

— Não, Dr. Kingsley. Pensei que ela estivesse de licença.

— Ela está, mas achei que ela podia ter vindo para cá.

— Não. Mas se eu a vir lhe direi que o senhor a está procurando.

Thomas agradeceu à mulher e decidiu ir para o seu escritório enquanto

pensava no que fazer.

Assim que abriu a porta, ele foi até sua mesa e pegou vários comprimidos de

Talwin.

Tomou-os com um gole de scotch e depois sentou-se. Pôs- se a pensar se não

estaria criando uma úlcera. Ele sofria de uma dor aborrecida bem por baixo do

esterno, que se refletia para as costas. Com a dor, porém, ele podia viver. Mas

pior do que a dor era a penetrante ansiedade. Ele se sentia como se fosse dividirse

em um milhão de pedaços. Ele tinha de encontrar Cassi. Sua vida dependia

disso.

Thomas foi para o telefone. Apesar da hora, chamou o Dr. Ballantine. Cassi

havia falado com ele e havia uma possibilidade de que houvesse tornado a

procurá-lo.

O Dr. Ballantine, zonzo de sono, atendeu da segunda vez que o telefone

tocou. Thomas se desculpou e perguntou se ele tinha notícias de Cassi.

— Não — disse o Dr. Ballantine, limpando a garganta. — Há algum motivo

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