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Médico Ou Semideus - Robin Cook

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irritação.

— Faça isso — falou Thomas, batendo com o telefone.

Diabos! Ele odiava aqueles burocratas ineptos que atualmente dirigiam o

hospital. Parecia que eles pretendiam criar o máximo de inconveniências. Eralhe

difícil imaginar como alguém podia ser tão míope para não dar à mulher do

mais famoso cirurgião do Memorial um quarto particular.

Olhando para o esquema que Doris havia colocado sobre sua mesa, Thomas

massageou suas têmporas. Sua cabeça tinha começado a latejar.

Hesitando apenas um breve segundo, com um puxão abriu a segunda gaveta.

Depois de operar três pontes e com doze pacientes na agenda do consultório, ele

merecia uma pequena ajuda. Ele pegou um dos comprimidos cor de pêssego e

engoliu-o. Então, apertou o botão do intercomunicador e disse a Doris que

fizesse entrar o primeiro paciente.

As horas no consultório transcorreram melhor do que Thomas previra.

Entre os 12 pacientes havia dois pós-operados que não exigiram mais de 10

minutos de exame cada um. Para os outros 10, Thomas marcou cinco casos de

pontes de safena e um de substituição valvular. Os outros quatro não eram casos

para operar e não deviam ter sido mandados para Thomas em primeiro lugar.

Rapidamente, Thomas livrou-se deles.

Depois de assinar várias cartas, Thomas tornou a chamar a Srta. Peabody.

Que tal lhe parece o quarto 1.752? — perguntou a Srta. Peabody,

arrogantemente.

O quarto 1.752 era um quarto particular de esquina, no fim do corredor. Suas

janelas davam para o lado oeste e lado norte com uma bela vista para o Rio

Charles. Era perfeito e Thomas assim o disse. A Srta. Peabody desligou sem se

despedir.

Thomas voltou a vestir o casaco e, depois de dizer a Doris que a veria mais

tarde, saiu para o Edifício Scherington. Fez uma breve parada na radiologia para

ver algumas radiografias antes de ir visitar Cassi.

Quando chegou no 17º andar, ficou surpreso de encontrar sua mulher ainda

no 1.740. Empurrou a porta sem bater.

— Por que não mudaram você? — perguntou ele.

— Mudaram? — perguntou Cassi, confusa. Ela estivera conversando com

Mary Sullivan sobre ter filhos.

— Arranjei para você ter um quarto particular — disse Thomas, irritado.

— Não preciso de um quarto particular, Thomas. Estou gostando da

companhia de Mary.

Cassi tentou apresentar Thomas, mas ele já estava apertando o botão da

campainha de chamada.

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