You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
quarto descreverem seus sofrimentos quando Joan Widiker entrou.
— Acabo de saber o que aconteceu — disse ela, preocupada. — Como está
você?
— Estou ótima — respondeu Cassi, feliz de ver Joan.
— Graças a Deus! Cassi, eu soube que você se aplicou uma superdose de
insulina.
— Se apliquei, não posso me lembrar — retrucou Cassi.
— Tem certeza? — perguntou Joan. — Sei que você ficou muito agitada por
causa de Robert... — E sua voz foi diminuindo.
— Que foi que houve com Robert? — perguntou Cassi ansiosamente. E
antes que Joan pudesse responder, alguma coisa estalou na mente de Cassi. Era
como se um bloco que estava faltando se encaixasse no lugar. Cassi lembrou-se
de que Robert havia morrido na noite seguinte à sua operação.
— Você não se lembra? — perguntou Joan.
Cassi deixou o corpo relaxar, escorregando em sua cama.
— Agora me lembro. Robert morreu. — Cassi olhou para o rosto de Joan
como que pedindo que aquilo não fosse verdade, que era parte do pesadelo
induzido pela insulina.
— Robert morreu — concordou Joan, com voz solene. — Cassi, você tem
estado a lutar com sua tristeza, tentando negar o fato?
— Acho que não, mas não sei. — Parecia-lhe duplamente cruel ter de saber
dessa nova duas vezes. Poderia ela tê-la suprimido ou fora a reação à insulina
que a removera de sua memória perturbada?
— Diga-me — falou Joan, aproximando a cadeira para que pudesse falar
mais em particular. As outras três mulheres fingiam não estar escutando. — Se
você mesma não aplicou a dose extra de insulina, como é que ela foi parar na sua
corrente sanguínea?
Cassi sacudiu a cabeça.
— Eu não sou uma suicida, se é isso que você quer dizer.
— É importante que você me conte a verdade.
— Eu estou contando — falou Cassi com veemência. — Não creio que eu
me tenha aplicado a insulina extra, mesmo em meu sono. Acho que ela me foi
aplicada.
— Por acidente? Uma superdose acidental?
— Não. Acho que o foi deliberadamente.
Joan olhou para sua amiga com uma imparcialidade clínica. Pensar que
alguém no hospital estava tentando fazer-lhe mal era uma ilusão que Joan já
havia ouvido antes. Mas ela não esperava isso de Cassi.
— Você tem certeza? — perguntou finalmente Joan.