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imperceptivelmente indistinta também. Cassandra notara semelhantes episódios
nos meses anteriores, porém os ignorara. Ele tinha todo o direito de beber de vez
em quando e ela sabia que ele gostava de scotch. O que a surpreendeu foi o
escasso tempo decorrido desde que ele se levantara da mesa de jantar. Thomas
devia ter ingerido alguns drinques, um após outro.
Mais do que tudo, Cassi queria que Thomas relaxasse. Se uma discussão
sobre um hipotético pé torto ia transtorná-lo, ela estava definitivamente resolvida
a abandonar o assunto para sempre, se necessário. Escorregando da cadeira, ela
estendeu o braço e passou-o em torno do ombro dele.
Thomas afastou-a, desafiadoramente, tomando um outro gole de scotch. Ele
parecia irritado e com vontade de brigar. De perto, Cassi notou que suas pupilas
estavam contraídas, simples pontos negros dentro de suas íris azuis brilhantes.
Reprimindo a irritação por ter sido rejeitada, Cassi disse:
— Thomas, você deve estar exausto. Você precisa de uma boa noite de sono.
Ela tornou a estender o braço para ele e, desta vez, Thomas permitiu que ela
o passasse em torno de seu pescoço.
— Vamos para a cama — falou ela suavemente.
Thomas suspirou, porém nada disse. Ele baixou o copo meio cheio e deixou
que Cassi o levasse de volta pelo corredor, para o seu quarto de dormir. Ele
começou a desabotoar a camisa, mas Cassi empurrou suas mãos e o fez para ele.
Lentamente, ela o despiu, amontoando as roupas descuidadamente pelo chão.
Assim que ele se meteu debaixo das cobertas, ela rapidamente se despiu e
escorregou para junto dele. Era uma sensação deliciosa sentir a frescura dos
lençóis recém-lavados, o peso confortador dos cobertores e o calor do corpo de
Thomas. Lá fora, o vento de novembro uivava e sacudia os pingentes japoneses
no balcão.
Cassi começou por esfregar o pescoço e os ombros dele. Depois, aos poucos,
foi descendo pelo corpo. Por baixo de seus dedos ela podia senti-lo relaxar e
responder às suas carícias. Ele excitou-se e envolveu-a num abraço. Ela beijou-o
delicadamente e enfiou a mão entre suas pernas. Seu membro estava flácido.
No momento em que Thomas sentiu a mão de Cassi tocá-lo, ele sentou-se e
empurrou-a para longe.
— Não acho justo você esperar que eu seja capaz de satisfazê-la esta noite.
— Eu estava interessada em seu prazer — disse Cassi suavemente — não no
meu.
— Aposto que sim — disse Thomas perversamente. — Não tente nenhum de
seus sujos truques psiquiátricos em mim.
— Thomas, não importa se vamos fazer amor ou não.
Atirando as pernas pelo lado da cama, Thomas apanhou as roupas espalhadas