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Linha Direta do Alem (Francois Brune e Remy Chauvin)

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tado em outro momento, acreditava que tinham sido encon -

tradas fortes presunções, sem se ter chegado, entretanto, a

verdadeiras “provas”. Portanto, a partir dos mesmos fatos,

dos mesmos documentos, dos mesmos testemunhos, uns

podem ficar totalmente convencidos, enquanto outros permanecerão

com dúvidas.

Muitos argumentam que tal raciocínio não se aplica à

prova científica. Esta seria comumente aceita por todos os

cientistas, independentemente do estado de espírito de cada

um deles. Mas a diferença entre o emprego jurídico e o

emprego científico do termo não é assim tão grande quanto

se quer fazer crer. A história das ciências tem mostrado que

um determinado argumento, reconhecido unanimemente

como “prova” em determinada época, pode deixar de sê-lo

dez ou vinte anos mais tarde.

Com efeito, quer se queira, ou não, as famosas provas

ditas “objetivas” não existem. E por um motivo bem simples:

apenas uma consciência humana pode reconhecer o valor das

“provas” em fatos, documentos e testemunhos. O emprego

desta palavra é, pois, sempre subjetivo. Constato simplesmente

que todos aqueles que praticaram este gênero de

pesquisa consideram seus resultados como “provas”. Provas

essas que não deixam dúvidas quanto ao fato da sobrevida

após a morte. Mas, em nome dessas “provas”, não existe,

absolutamente, a intenção de se obrigar outras pessoas a

partilharem da mesma certeza. Os céticos podem ficar tran -

qüilos! Ninguém está pensando em exigir que reconheçam

o seu valor. Mas não vejo, também, com que direito eles

podem proibir que outros reconheçam o valor da “prova” que

os convence. O ceticismo dos céticos não é, por si só, mais

“objetivo” que a convicção dos que se sentem convencidos.

Chega um momento em que a evidência da autenticidade do

fenômeno é de tal ordem que as perspectivas se invertem...

e cabe ao cético provar que estamos enganados.

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