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Linha Direta do Alem (Francois Brune e Remy Chauvin)

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O professor S. Damell não nos forneceu o nome de seu

correspondente, mas sabemos que existe. Ele até insiste na

importância de se ter o que chama de “uma voz acompanhante”.

Com o tempo, diz ele, cada pesquisador acaba

reconhecendo, pouco a pouco, uma voz especial, sempre a

mesma, na qual saberá, pela experiência, que pode confiar.

Esta voz terá sempre o mesmo timbre, a mesma intensidade,

o mesmo tom, e ele poderá captá-la em qualquer lugar.

Ele conta, por exemplo, que um dia estava realizando

uma experiência em pleno mar, a cinco milhas da costa, e

que havia instalado um microfone em um sino lastrado para

fazê-lo afundar alguns metros na água. Sua “voz acompanhante”

manifestou-se para adverti-lo de que seria melhor

voltar ao porto, pois o tempo iria mudar. E tal fato, efetivamente,

veio a ocorrer(l).

Infelizmente somos obrigados, ao contrário, a desconfiar

das vozes ocasionais, que podem nos mentir. O professor

S. Damell dá, a respeito, alguns exemplos, dentre os quais

um, particularmente divertido, pois que sua “voz acompanhante”

interveio para restabelecer a verdade :

“Voz paranorina: O doutor X. está morrendo.

Experimentado: Com certeza?

Voz paranonnal: Ele não passa de domingo.

Voz acompanhante: Não o leve em conta. Ele é um mentiroso^).”

O problema com as vozes acompanhantes ou com os

correspondentes privilegiados é que, mesmo que não imitem

a voz do experimentador, como no caso de Dan, citado anteriormente,

é forte a tentação de se ver, no fenômeno, uma “simples”

projeção do subconsciente do operador. Os próprios pesquisa-

(1) Sinesio Damell, El mistério de Ia psicofonia, Ediciones Fausi,

1987, p. 143-144.

(2) Ibid., p. 164.

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