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Linha Direta do Alem (Francois Brune e Remy Chauvin)

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cabeceira da mesa da sala de jantar. Era uma mesa de

nogueira, muito pesada e velha, de pelo menos setenta anos.

Jung estava cheio de incertezas no que se referia aos seus

estudos eàsua carreira, e se sentia angustiado... De repente,

ele ouviu um estalo, e a mesa rachou-se de uma extremidade

à outra! O fato era inexplicável: a madeira estava seca

e não havia qualquer umidade anormal que pudesse atuar

sobre ela daquela forma... Algumas semanas mais tarde, ao

voltar de viagem, Jung encontrou sua família muito agitada.

Tinham ouvido um barulho muito forte em um armário que,

entretanto, não mostrava qualquer rachadura. Ao abri-lo,

Jung encontrou uma grande faca de pão com sua lâmina

quebrada em vários pedaços. O cuteleiro consultado não

encontrou qualquer explicação possível, a não ser a de que

alguém a tivesse quebrado a marteladas...

Ainda naquela época, os pensamentos de Jung estavam

confusos no que se referia à presença da par anormalidade

em sua vida. Fenômenos estranhos aconteciam em sua

casa: uma de suas irmãs tinha visto uma sombra branca

que caminhava pelos corredores; outra, tivera todas as

cobertas arrancadas de sua cama, durante a noite; a

campainha da porta tocava, quando não havia ninguém

nas proximidades...

Jung não se iludia a respeito, pois tinha total conhecimento

daquilo que, à época, se chamava metapsíquica,

ou seja, a parapsicologia. Sabia que, provavelmente, ele

próprio estava na origem daqueles fenômenos absurdos, que

denominamos poltergeist e que se caracterizam por acidentes

totalmente inexplicados, sem objetivo aparente. Ele relacionava

tudo isso, como é comum acontecer, à presença

de uma pessoa conturbada interiormente, ou seja, a si

mesmo. Vejamos o que ele disse a respeito:

‚Eu sonhei com um ser voador, em meio a um céu azul,

um velho com chifres de carneiro e asas de martim-pes-

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