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Linha Direta do Alem (Francois Brune e Remy Chauvin)

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nhamento dos moribundos ‛, pela qual pessoas devotadas

acompanham aqueles que estão partindo, nem que seja

apenas segurando-lhes a mão... Epercebeu-se que a grande

passagem não era sempre tão terrível, e que podia até ser

abordada com muita calma.

Não é possível contar aqui a heróica epopéia de EKR

(como era chamada na América...). Graças a um caráter

inflexível, ela acabou ganhando a guerra: ou seja, os

médicos admitiram que não se pode abandonar pura e

simplesmente uma pessoa que está morrendo; mas que se

pode, e que se deve, ao contrário, ajudá-las moralmente.

Mas tudo isso já foi mencionado em incontáveis livros(l).

Até que um dia aconteceu algo de especial a EKR: ela

conheceu uma moribunda, a Sra. Schwarz. E essa senhora

disse-lhe que um dia, caindo em coma profundo,

tinha ‚saído de seu corpo ‛, vendo-se ‚como se estivesse no

teto ‛, cercada por enfermeiras e médicos que tentavam

reanimá-la, sentindo, porém, uma sensação de desprendimento,

de alegria profunda, sem qualquer dor. E que, em

certo momento, percebeu que deveria voltar ao corpo, embora

a contra-gosto. Então as dores voltaram no momento

em que ela ‚recobrou a consciência ‛ - termo que lhe parecia

terrivelmente desprovido de significado: afinal, a consciência

não existira enquanto ela estivera fora de seu corpo,

tão feliz?...

Elisabeth, a início, não acreditou no que estava ouvindo.

Mas com uma incrível independência de espírito,

aceitou ‚considerar o problema ‛, ou seja, não admitir de

antemão que fosse um caso de alucinação, e ir adiante... o

que, sem dúvida, teria sido feito por qualquer outro médico.

(1) Recomendo, em particular, a obra de van Eersel, Lasource noire,

que se le como se fôra um romance; e o livro de Sarah Mercier (CD),

extraordinário (1992).

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