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Linha Direta do Alem (Francois Brune e Remy Chauvin)

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ignoram solenemente o tempo e o espaço (sobretudo mais

o espaço, parece-me, que o tempo). Por outro lado, um

grande cientista, que realiza viagens fora do corpo quando

assim o deseja e que pude interrogar a respeito das questões

anteriormente mencionadas, forneceu-me a seguinte resposta:

- Não, eu não me desloco. Na realidade (assim como

no sonho, no qual o corpo não se desloca) sei que o tempo

e o espaço é que são abolidos para mim.

A percepção direta

Resta uma hipótese bem pouco satisfatória: em um

universo vizinho ao nosso(l), onde o tempo e o espaço não

existem ou não se manifestam mais, os órgãos dos sentidos,

que são regulados em função do tempo e do espaço, não

podem mais funcionar, e é inútil perguntar se eles ‚viajam

com o viajante ‛. Mas essa entidade tão clara e tão misteriosa,

à qual chamamos consciência, transcende ao espaço

e ao tempo, como muitos fdósofos já observaram: ela percebe

diretamente as coisas. E que não se diga ser inimaginável:

todos nós experimentamos a mesma coisa

todos os dias durante o sonho, do qual nem nossos olhos

nem nossos ouvidos participam(2).

Muitos autores já observaram as similitudes existentes

entre o universo descrito pelos médiuns ou videntes e aquele

(1) Não esqueçamos que, em muitas doutrinas (hindus, por exemplo)

o sonho não tem menos objetividade que o estado de vigília. Trata-se de

um universo diferente (embora elas não se expressem assim).

(2) Poderíamos nos expressar de outra forma, admitindo que a

consciência é “não local”, ou “não localizável”, como certas partículas

elementares da física que só podemos “localizar” no momento em que

são isoladas, ou seja, quando do processo de medição.

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