COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais
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102 <strong>32º</strong> <strong>Digital</strong> <strong>Business</strong> <strong>Congress</strong><br />
IS THE RECOVERY AND<br />
RESILIENCE PLAN<br />
TRANSFORMING THE<br />
PORTUGUESE DIGITAL<br />
LANDSCAPE?<br />
KNS: Pedro Dominguinhos<br />
<strong>Presidente</strong> da Comissão Nacional<br />
de Acompanhamento <strong>do</strong> PRR<br />
“Os da<strong>do</strong>s mostram a necessidade de ir<br />
mais depressa nas PME. Até que ponto o<br />
PRR está alinha<strong>do</strong> com este diagnóstico?<br />
Portugal tem 650 milhões de euros e, se<br />
juntarmos a resiliência em termos de formação<br />
em STEAM, tem mais 200 milhões<br />
de euros. Estamos a falar de 850 milhões<br />
na área da digitalização. Com uma componente<br />
relevante de verbas destinadas à<br />
AP, seguin<strong>do</strong>-se a área <strong>do</strong> capital humano<br />
e depois os programas dirigi<strong>do</strong>s às PME”<br />
“Nas PME, destaco projetos como os <strong>Digital</strong><br />
Innovation Hubs, a Rede Nacional de Tests<br />
Beds, a internacionalização via e-commerce,<br />
os vouchers startup e o programa Coaching<br />
4.0. ”<br />
“O desafio de 2023 é colocar os programas<br />
<strong>do</strong> PRR no terreno, para que as empresas<br />
possam beneficiar destes apoios. Estamos<br />
a falar de PME, que têm uma capacidade<br />
financeira mais reduzida. Este é um desafio<br />
fundamental e é algo que temos de acelerar.<br />
Até porque algumas destas metas e<br />
marcos são profundamente exigentes no<br />
tempo. Estamos perante um programa<br />
muito ambicioso, que exige um compromisso<br />
muito grande de to<strong>do</strong>s”<br />
Armin<strong>do</strong> Monteiro<br />
<strong>Presidente</strong>, CIP – Confederação<br />
da Indústria Portuguesa<br />
“De quem é a culpa no atraso <strong>do</strong> PRR? O<br />
peca<strong>do</strong> original está na forma como foi<br />
construí<strong>do</strong>. Logo desde o início houve uma<br />
tremenda falta de ambição. Trata-se de um<br />
investimento e por isso na Europa chamase<br />
Next Generation, mas em Portugal chama-se<br />
Plano de Recuperação. Se o PRR se<br />
aplicasse às empresas, na sua linguagem, o<br />
time to market já estava obsoleto. Hoje, não<br />
é elegível para a maioria das necessidades<br />
e prioridades das empresas”<br />
“Como é próprio das empresas, aproveitam<br />
sempre ao máximo o que é possível.<br />
O que esperamos é que, ainda com to<strong>do</strong>s<br />
estes handicaps de base, que chegue rapidamente.<br />
Mas, para isso, é preciso que a<br />
administração <strong>do</strong> PRR confie mais nos seus<br />
agentes económicos. Há entidades portuguesas<br />
em quem se confia, que estão na esfera<br />
da AP, e outras em quem não se confia,<br />
que estão na esfera privada”<br />
“A transparência e a aplicação correta <strong>do</strong><br />
PRR são requisitos. Este dinheiro não é gratuito,<br />
visa um investimento. Nas empresas,<br />
a procura ultrapassou várias vezes a oferta.<br />
É uma prova que os priva<strong>do</strong>s estão disponíveis<br />
para investir. Mas muito <strong>do</strong> que está<br />
neste momento a ser gasto na AP é em<br />
OPEX e não em CAPEX. O que é exigi<strong>do</strong> ao<br />
priva<strong>do</strong> não está a ser exigi<strong>do</strong> ao público”