COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais
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ECONOMICS IS ALL<br />
ABOUT DISRUPTION?<br />
YES, LET’S DEBATE HOW<br />
Victor Calvo-Sotelo<br />
General Director, <strong>Digital</strong>ES<br />
“Em Espanha temos o mesmo tipo de discussões.<br />
Com uma diferença, de em Portugal<br />
haver uma comissão independente para<br />
o acompanhamento da aplicação <strong>do</strong> PRR,<br />
que não temos. E deveríamos ter. Há muitas<br />
formas de colaboração entre o Esta<strong>do</strong> e<br />
os priva<strong>do</strong>s, mas não uma entidade destas,<br />
que poderia ajudar, porque a quantidade de<br />
dinheiro é tão elevada, sabemos que o Esta<strong>do</strong><br />
poderá ter dificuldade em lidar com isso.<br />
Até pela complexidade da administração”<br />
“No ano passa<strong>do</strong>, para evitar processos<br />
muito complexos, o governo apostou na<br />
simplificação para a atribuição <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s<br />
ao setor priva<strong>do</strong>. Mas ainda não é suficiente.<br />
Continua a ser mais fácil dentro<br />
<strong>do</strong> setor público. Enquanto em Portugal a<br />
maior parte <strong>do</strong> dinheiro <strong>do</strong> PRR vai para o<br />
setor público, em Espanha vai para o priva<strong>do</strong>.<br />
Mas, definitivamente temos de acelerar<br />
este ano”<br />
“Precisamos de fazer as <strong>coisas</strong> de forma diferente.<br />
Temos mais de um milhão de PME<br />
e no apoio a elas os organismos públicos terão<br />
de aplicar três mil milhões de euros para<br />
a sua transformação digital. Com a criação<br />
de um novo sistema de procurement, to<strong>do</strong><br />
feito online e da forma mais simples possível.<br />
É uma das razões <strong>do</strong> sucesso”<br />
Ricar<strong>do</strong> Reis<br />
Professor de economia, titular<br />
da cátedra A.W. Phillips, Lon<strong>do</strong>n<br />
School of Economics<br />
“Há um ano e meio, estava otimista, porque<br />
as mudanças que estávamos a ter no mun<strong>do</strong><br />
têm si<strong>do</strong> benéficas para Portugal. Incluin<strong>do</strong><br />
a pandemia. O país tem oportunidades, mas<br />
tem de saber agarrá-las. Estes benefícios têm<br />
de se concretizar e não vejo dinâmica para os<br />
aproveitar. Isso vem <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, mas também<br />
das mudanças na configuração <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />
internacional, que exigem foco”<br />
“A elevada carga fiscal é um obstáculo ao<br />
crescimento económico. Não há ferramenta<br />
mais poderosa de um esta<strong>do</strong> para afetar<br />
a economia <strong>do</strong> que a fiscalidade. Altera o<br />
retorno de todas as atividades económicas.<br />
A estabilidade fiscal é muito importante,<br />
porque é impossível poder planear sem isso<br />
e Portugal não o tem consegui<strong>do</strong> oferecer.<br />
Espero que melhore”<br />
“Temos de ganhar escala, virada para o<br />
merca<strong>do</strong> externo, em empresas e talento.<br />
Este é o desafio, para darmos o salto seguinte.<br />
É um grande foco a ter nos próximos<br />
tempos. O sucesso <strong>do</strong> PRR dependerá muito<br />
da qualidade da sua aplicação e isso não<br />
se vê nos planos e números. Tu<strong>do</strong> depende<br />
da capacidade de acompanhar a execução,<br />
testar, experimentar, aprender com o<br />
que correu bem e mudar. Corrigir rapidamente<br />
a qualidade da afetação de recursos<br />
é muito importante”