COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais

negocios
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a Cellnex estabeleceu também
“uma parceria estratégica de
longo prazo” com a operadora
romena Digi. Após o leilão
realizado em 2021, ficou com
lotes de espectro, assegurando
assim a entrada no mercado
português. Esta parceria inclui
a implementação de 2 mil PoPs
(points of presence) até final deste
ano.
ALINHADOS PELO MESMO
OBJETIVO
Paolo Favaro, managing director
da Vantage Towers, um spin off
da Vodafone, também estabeleceu
como prioridade ajudar ao
“cumprimento das obrigações
que estão ligadas ao leilão do
5G” pelas operadoras suas clientes:
“Estamos muito focados na
construção dos sites novos que
serão necessários. Esses sites
são para zonas que não tinham
cobertura, ou que não tinham
cobertura adequada. Estamos
a gerir todo este processo, end
to end, no que respeita à gestão
da construção e à ligação à rede
elétrica”.
Tendo iniciado a sua atividade
em 2020, a Vantage Towers
já está presente em oito países.
No mercado nacional tem como
clientes todas as operadoras que
estão a funcionar no setor e já
apresenta no seu portfólio 3.500
sites intervencionados. Paolo Favaro diz que, “apesar
de não ter sido tão dramático como se previa, o atraso
do leilão do 5G não foi fácil de gerir”. Factores como
a guerra na Ucrânia e a inflação tornaram tudo muito
mais complicado: “Com a guerra, os custos do aço
e da energia dispararam. Depois da pandemia surgiu
este problema e a mistura dos dois foi explosiva. Tivemos
de trabalhar muito para fazer uma revisão do processo
todo em termos de custos, para que se pudesse
cumprir com o prazo de entregas e com as expetativas
dos clientes relativamente a custos. Necessitámos de
otimizar o processo”, desabafa o managing director da
Vantage Towers.
“O 5G é um projeto prioritário para o nosso país, mas temos outras tecnologias nas
nossas infraestruturas, como a IoT, que permitem prestar serviços bastante diversos”,
salienta João Mora
Paolo Favaro refere também os problemas de fornecimento
de materiais que foi, e ainda está a ser, necessário
enfrentar. A ligação à rede elétrica, um processo
muito demorado e que não se pode começar sem que
antes se determinem os sítios certos para se construir
os sites, está a colocar muita pressão na equipa, salienta:
“Tudo começou atrasado. A E-REDES, que está a
gerir este processo, esteve muito ocupada e não só por
causa do 5G. Há muitas coisas a acontecer, muitos investimentos
por causa do PRR e todas essas coisas precisam
de atenção”.
Stress à parte, a verdade é que o setor está em alta.