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COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais

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Pragmático, Jorge Silva Martins, responsável pela área de prática de Tecnologia, Da<strong>do</strong>s e Inovação <strong>Digital</strong> da CS’Associa<strong>do</strong>s, adverte:<br />

“Ninguém espera que este processo de construção da criptoeconomia já tenha termina<strong>do</strong>”<br />

correção mesmo antes <strong>do</strong>s colapsos de 2022 e desdramatiza<br />

a situação: “Obviamente que estes momentos<br />

não foram bons. Estamos a falar de pessoas que utilizaram<br />

o setor para fazer vigarices. Correu mal. A crise da<br />

criptoeconomia resultou de fraudes feitas por pessoas,<br />

como acontece nas demais indústrias. Não foi uma crise<br />

da tecnologia ou uma falha que, isso sim, seria extremamente<br />

grave. E mesmo que tivéssemos outro nível<br />

de regulação, poderia acontecer. Se há indústria que é<br />

regulada é a financeira, e falências não faltam. Não faz<br />

senti<strong>do</strong> usar o argumento da falta de regulação, por ser<br />

um mun<strong>do</strong> à parte”, assegura este responsável.<br />

O gestor admite que a corretora passou por momentos<br />

muito difíceis, sobretu<strong>do</strong> pelos entraves coloca<strong>do</strong>s<br />

pela banca nacional na abertura de contas, que inviabilizaram<br />

a operação, e diz que se não fosse a entrada<br />

para o capital “<strong>do</strong>s nossos sócios brasileiros, provavelmente<br />

não teríamos sobrevivi<strong>do</strong>”. Refere-se aos brasileiros<br />

da 2TM, que gere a maior plataforma de criptomoedas<br />

da América Latina, que ficou com a maioria <strong>do</strong><br />

capital da empresa no ano passa<strong>do</strong> (acabam de alterar<br />

o nome da Criptoloja para Merca<strong>do</strong> Bitcoin).<br />

Asseguran<strong>do</strong> que ainda hoje “o grande desafio<br />

continua a ser os bancos”, não poupa críticas a esta<br />

situação: “Num país que criou regulação específica<br />

e que permite que a empresa esteja em atividade, é<br />

uma completa subversão <strong>do</strong> sistema. E só há três razões<br />

para isto, não vejo mais nenhuma: incompetência<br />

para perceber aquilo com que estão a lidar; preguiça,<br />

pensan<strong>do</strong> que se é cripto vai dar chatice, e mais grave,<br />

falta de confiança no regula<strong>do</strong>r. Os bancos sabem que<br />

somos regula<strong>do</strong>s exatamente pela mesma entidade<br />

que os regula a eles e, de certeza, de forma ainda mais<br />

minuciosa. Mas devo dizer que se há entidade com<br />

quem as <strong>coisas</strong> têm corri<strong>do</strong> muito bem é com o Banco<br />

de Portugal”.<br />

A fintech continua, para já, a dedicar-se apenas ao<br />

merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s particulares, “basicamente por uma razão:<br />

o compliance em empresas é tão pesa<strong>do</strong>, que preferimos<br />

não abrir contas. Mas não há impedimento<br />

legal”. O principal perfil de clientes é, normalmente,<br />

de quem percebe pouco deste mun<strong>do</strong>, mas “que chega<br />

por causa da bitcoin, a principal moeda e a mais antiga,<br />

que é uma reserva de valor absolutamente incrível.<br />

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