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COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais

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Luís Antunes<br />

Professor Catedrático, Universidade<br />

<strong>do</strong> Porto<br />

Rui Shantilal<br />

Managing Partner, Devoteam Cyber<br />

Trust<br />

“A cibersegurança hoje tem uma importância<br />

muito grande porque nem a internet,<br />

nem os sistemas de informação, foram<br />

desenha<strong>do</strong>s para serem seguros, mas para<br />

serem resilientes. Nunca esperámos um<br />

crescimento tão rápi<strong>do</strong> e uma dependência<br />

tão rápida deste tipo de tecnologias. Quanto<br />

maior é a evolução, mais vulneráveis ficamos.<br />

Aqui, as academias têm uma grande<br />

responsabilidade”<br />

“Sempre houve uma grande pressão nas<br />

equipas de desenvolvimento para avançar<br />

com produtos, sem importar como. Na AP<br />

é claro que isso aconteceu. Mas o priva<strong>do</strong><br />

também não é exceção. Se houver problemas<br />

de segurança, resolve-se depois”<br />

“Um em cada cinco talentos no merca<strong>do</strong><br />

nacional já trabalha <strong>do</strong> país para o exterior,<br />

pois são altamente atraentes para merca<strong>do</strong>s<br />

onde o ordena<strong>do</strong> médio é mais alto. Ganham<br />

duas ou três vezes o ordena<strong>do</strong> que<br />

recebiam. Perante esta realidade, as empresas<br />

de TI e de cibesegurança ou se conseguem<br />

internacionalizar e começam a pagar<br />

valores iguais aos de lá fora, ou os seus<br />

clientes terão de pagar mais pelas soluções.<br />

E não vão querer. É um problema que tem<br />

de ser debati<strong>do</strong>”<br />

“Há outro elefante na sala: temos de pensar<br />

de forma estruturada em como conseguir<br />

dar benefícios fiscais para não perdermos o<br />

talento nacional. Esta é a realidade to<strong>do</strong>s os<br />

dias em Portugal”<br />

“Os ataques resultam de um desafio intelectual,<br />

tu<strong>do</strong> começa aí. À data de hoje os<br />

grandes ataques são oportunistas. Algo se<br />

passou com algum recurso humano que<br />

fez alguma coisa mal. Gosto de avaliar o<br />

risco de fora, mas isso não é suficiente. Tem<br />

de se avaliar o risco de dentro. Porque, na<br />

maior parte das vezes, não estamos protegi<strong>do</strong>s.<br />

Cibersegurança implica um conjunto<br />

de várias componentes”<br />

“Há uma parte <strong>do</strong>s cibertataques que ainda<br />

são oportunistas, mas há cada vez mais<br />

especializa<strong>do</strong>s em grandes empresas ou até<br />

setoriais. Sempre com o objetivo <strong>do</strong> lucro. Se<br />

os atacantes estão cada vez mais sofistica<strong>do</strong>s<br />

e organiza<strong>do</strong>s, também teremos de estar.<br />

Neste momento o cibercrime continua a<br />

crescer e ainda vai à frente”

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