em destaque 40 digital <strong>do</strong> banco central. “Garanto que no dia em que tivermos uma moeda digital <strong>do</strong> banco central, será muito diferente de muitas outras <strong>coisas</strong>”, afirmou. Em fevereiro, a líder <strong>do</strong> FMI, Kristalina Georgieva, referia também, a propósito da necessidade de regulação urgente da criptoeconomia, que havia ainda muita confusão sobre dinheiro digital. “O primeiro objetivo <strong>do</strong> FMI é deixar claras as diferenças entre Moedas Digitais de Bancos Centrais, que são apoiadas pelo Esta<strong>do</strong>, e as criptomoedas e stablecoins”. As primeiras têm “confiabilidade” e “espaço razoável na economia”, enquanto os criptoativos “são investimentos especulativos de alto risco, não são dinheiro.” As posições não espantam os players <strong>do</strong> ecossistema cripto, até porque desde sempre o sistema financeiro tradicional se tem mostra<strong>do</strong> contra este novo merca<strong>do</strong>. “O que temos assisti<strong>do</strong> é a uma reação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s ao desenvolvimento <strong>do</strong> ecossistema cripto”, avança Jorge Silva Martins, que salienta que são realidades distintas, que não se substituem e que vão coexistir. Para o advoga<strong>do</strong>, “não há <strong>do</strong>is mun<strong>do</strong>s separa<strong>do</strong>s. Têm de convergir. Mas vão convergir para termos o quê? O euro digital traz algo de completamente diferente daquilo de que falamos, quan<strong>do</strong> falamos de criptomoedas (e, principalmente, de bitcoin): um modelo centraliza<strong>do</strong>, que coloca inúmeras questões relacionadas, por exemplo, com a possibilidade de traceability das transações e <strong>do</strong>s seus autores, com a eventual possibilidade de estarmos perante dinheiro programável e, em paralelo, com um certo desincentivo à inovação por parte <strong>do</strong>s bancos no que se refere aos serviços de pagamentos a disponibilizar aos seus clientes. Além disso, na minha opinião, a pergunta central está ainda por responder: que problema vem, efetivamente, o euro digital resolver ?”. A realidade é que, tal como noutras geografias estão a ser criadas moedas digitais de bancos centrais, também na Europa está em marcha o processo para criar o euro digital. O BCE arrancou com o projeto em 2020 e está agora na fase de investigação, a estudar as suas características. Até final <strong>do</strong> ano, o Conselho de Governa<strong>do</strong>res deverá aprovar esta fase, entran<strong>do</strong>-se depois numa terceira, de realização, para se criarem as condições tecnológicas para a emissão <strong>do</strong> euro digital. Espera-se que em 2025 já se possa arrancar em concreto. Uma das preocupações é manter o papel <strong>do</strong>s bancos centrais enquanto âncora <strong>do</strong>s sistemas de pagamentos Para o administra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Banco de Portugal, uma das preocupações com o euro digital, face ao declínio da utilização da moeda física, e perante o surgimento muito rápi<strong>do</strong> de moedas digitais privadas, é “manter o papel <strong>do</strong>s bancos centrais enquanto âncora <strong>do</strong>s sistemas de pagamentos”. É que hoje, embora as notas sejam a âncora <strong>do</strong> sistema de pagamentos, o que se utiliza são sistemas de pagamentos <strong>do</strong>s bancos e das marcas internacionais, sen<strong>do</strong> cada vez maior a dependência da Europa das grandes empresas tecnológicas norte-americanas e <strong>do</strong>s sistemas de pagamentos chineses. Entre as gigantes globais de sistemas de pagamentos, três são <strong>do</strong>s EUA (Mastercard, Visa e PayPal) e duas são chinesas (Alipay e UnionPay). As cinco são responsáveis por mais de <strong>do</strong>is terços das transações de pagamentos com cartão na Europa. Com o euro digital, que “será disponibiliza<strong>do</strong> ao público em geral, incluin<strong>do</strong> empresas, para ser utiliza<strong>do</strong> nos pagamentos no retalho, cria-se “um sistema de pagamentos eletrónico único na Europa, coisa que hoje não existe. Será isento de risco e vai coexistir com soluções de pagamentos privadas”, garante o representante <strong>do</strong> banco central. A ideia é ainda de “contribuir para a autonomia estratégica e a eficiência económica da Europa. Hoje, não temos verdadeiramente uma marca de pagamentos europeia, nem sequer temos um sistema de pagamentos integra<strong>do</strong>, que seja incluí<strong>do</strong> em todas as soluções que os bancos oferecem para pagamentos”. Hélder Rosalino não tem dúvidas de que será “um projeto importante para os bancos centrais, as autoridades monetárias e os Esta<strong>do</strong>s. Os bancos centrais, que têm funções essenciais para o funcionamento da economia, desde a definição e implementação da política monetária até à garantia da estabilidade financeira, têm de ter a capacidade de manter um papel na emissão monetária. Se não o tiverem, as funções ficam esvaziadas. A principal razão pela qual os bancos centrais estão a desenvolver os seus projetos é porque querem preservar o seu papel nas políticas económicas que estão sob a sua responsabilidade, além de simplificar, com uma solução única e universal, ao invés de se lidar com vários sistemas de pagamento”.•
Promova a Transformação <strong>Digital</strong> da sua empresa com a campanha Fast Track Entrega em duas semanas Wi-Fi 6 | LAN Switches | Data Center Switches | Routers MSP | Healthcare | Retail | Finance | ISP | Manufacturing | Hospitality Campanha Fast Track 3.0
- Page 1 and 2: TOWERCOS O FUTURO NÃO PASSA APENAS
- Page 3 and 4: edit orial Eduardo Fitas eduardo.fi
- Page 5 and 6: Ontem éramos Altice Empresas. Hoje
- Page 8: a abrir 8 BENEFICIAR DE SOLUÇÕES
- Page 12 and 13: a abrir 12 NUMEROS 262 MIL MILHÕES
- Page 14 and 15: 5 perguntas 14 JUAN OLIVERA: Constr
- Page 16 and 17: a conversa 16 “Fui para Direito p
- Page 18 and 19: a conversa 18 “Na infância, era
- Page 20 and 21: a conversa “Estruturalmente, vai
- Page 22 and 23: a conversa 22 sociedades. Fascina-m
- Page 24 and 25: a conversa 24 reemergência destes
- Page 26 and 27: a conversa 26 Eça e daquela ideia
- Page 28 and 29: a conversa 28 -me o salário. Basic
- Page 30 and 31: a conversa 30 ainda uma união pol
- Page 32 and 33: em destaque NO MEIO É QUE ESTÁ A
- Page 34 and 35: em destaque 34 Era inevitável: foi
- Page 36 and 37: em destaque 36 Para Paulo Cardoso d
- Page 38 and 39: em destaque 38 a utilização indev
- Page 42 and 43: em destaque 42 BREVE GLOSSÁRIO DO
- Page 44 and 45: itech 44 ABEL COSTA: O engenheiro q
- Page 46 and 47: negocios 46
- Page 48 and 49: negocios 48 Quando ficou concluído
- Page 50 and 51: negocios 50 a Cellnex estabeleceu t
- Page 52: negocios MAIS RESILIÊNCIA, S.F.F.
- Page 55 and 56: CENTENNIALS O NÓ GÓRDIO DAS CONTR
- Page 57 and 58: que acederam alegremente a viver pa
- Page 60 and 61: portugal digital ALFREDO, O MORDOMO
- Page 62 and 63: portugal digital 62 O tempo passa a
- Page 64: portugal digital 64 A startup tamb
- Page 67 and 68: cidadania 29KFJN a “senha” da F
- Page 69 and 70: : as protagonistas pção
- Page 71 and 72: Rogério Carapuça (APDC) deu o mot
- Page 73 and 74: tion Officer, onsumidores sas Pedro
- Page 75 and 76: De tal forma que, para o professor
- Page 77 and 78: O debate sobre o futuro entre os l
- Page 79 and 80: O painel de discussão entre Ricard
- Page 81 and 82: As tecnológicas estão a apostar t
- Page 83 and 84: 5G, consolidações, concorrência
- Page 85 and 86: PROGRAMA DIA 9 MAIO HYPOTHESIZING T
- Page 87 and 88: Pedro Siza Vieira Presidente, 32°
- Page 89 and 90: TOKENS AND THE CREATION OF ECONOMIC
- Page 91 and 92:
Hugo Bernardes Managing Partner, Th
- Page 93 and 94:
Bruno Martinho Managing Director, A
- Page 95 and 96:
THE FUTURE OF EURO DIGITAL Ricardo
- Page 97 and 98:
Filomena Rosa Presidente, Instituto
- Page 99 and 100:
THE STATE OF THE NATION OF MEDIA Ka
- Page 101 and 102:
1st DAY CLOSING SESSION DIA 10 MAIO
- Page 103 and 104:
ECONOMICS IS ALL ABOUT DISRUPTION?
- Page 105 and 106:
Catarina Bastos Defence Account Man
- Page 107 and 108:
Luís Antunes Professor Catedrátic
- Page 109 and 110:
ADVANCEMENTS IN AUTONOMOUS DRIVING
- Page 111 and 112:
José Rivera CTO, Vantage Towers Nu
- Page 113 and 114:
CLOSING SESSION Ana Figueiredo CEO,
- Page 115 and 116:
Lounge: Um espaço diferenciador e
- Page 117 and 118:
ede | Nokia convida FCCN; • Metav
- Page 120 and 121:
120 32º Digital Business Congress
- Page 122 and 123:
122 32º Digital Business Congress
- Page 124 and 125:
124 32º Digital Business Congress
- Page 126 and 127:
126 32º Digital Business Congress
- Page 128 and 129:
ultimas COMO ESCOLHER O MELHOR COMP
- Page 130:
ultimas REFORÇAR TALENTO EM CIBERS