COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais
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Catarina Bastos<br />
Defence Account Manager, Deimos<br />
Engenharia<br />
“A ciência quântica evoluiu imenso nos últimos<br />
anos em Portugal. O que aconteceu<br />
foi uma trilogia de sucesso, com o aparecimento<br />
de três vertentes importantes: a<br />
indústria, que interagiu com a academia<br />
para começar a pôr no terreno e desenvolver<br />
estas tecnologias para serem utilizadas<br />
no âmbito da defesa ou das comunicações;<br />
e falan<strong>do</strong> com o GNS”<br />
Manuel da Costa<br />
Honorato<br />
Sub-Diretor Geral, Gabinete Nacional<br />
de Segurança (GNS)<br />
“O GNS trata essencialmente da informação<br />
classificada, incluin<strong>do</strong> as soluções e os<br />
produtos para assegurar a segurança dessa<br />
informação. Entre os quais está a criptografia.<br />
Trabalhamos com todas as entidades<br />
públicas e privadas, sejam empresas,<br />
laboratórios e academia. Temos sempre<br />
este propósito de agregar”<br />
“Começou tu<strong>do</strong> com o Discretion, que é um<br />
projeto europeu pioneiro na área, basea<strong>do</strong><br />
num programa para a inovação na indústria,<br />
na área da Defesa. Portugal apanhou<br />
este desafio, e com cinco companhias europeias,<br />
a Defesa e o GNS, estamos a desenvolver<br />
tecnologia que vai ter nós quânticos.<br />
O projeto é bastante longo e estamos neste<br />
momento na fase <strong>do</strong> design, de definir uma<br />
arquitetura de rede”<br />
“Na segurança da comunicação e informação<br />
segura, existem várias redes seguras,<br />
mas que são como que arquipélagos.<br />
Estão suportadas em tecnologia assumida<br />
por organizações internacionais, às quais<br />
pertencemos. Até agora, nunca tivemos capacidade<br />
para desenvolver uma solução<br />
criptográfica nacional. É isso que estamos<br />
a desenvolver, através destes <strong>do</strong>is projetos:<br />
Discretion e PTQCI”<br />
“Temos desafios de certificação e estandardização<br />
<strong>do</strong>s projetos, já que existe muito<br />
pouco feito, mesmo a nível europeu. A<br />
NATO tem algum trabalho feito, mas devemos<br />
compreender que standards devem<br />
ser implementa<strong>do</strong>s para que mais tarde todas<br />
as redes nacionais sejam interoperáveis.<br />
A rede nacional estará concluída em<br />
2025, mas temos como objetivo continuar o<br />
desenvolvimento”<br />
“Portugal não deve estar dependente de<br />
soluções sobre as quais não controla o seu<br />
ciclo de vida, pois é uma vulnerabilidade à<br />
nossa soberania. Devemos ter uma solução<br />
criptográfica nacional e é o que estamos a<br />
fazer com o Discretion e o PTQCI. Permitemnos<br />
dar um passo enorme e faculta uma<br />
garantia importante. Esperamos durante<br />
2023 lançar a fase de industrialização, passan<strong>do</strong><br />
além da prototipagem”