a conversa 28 -me o salário. Basicamente, tinham as regras feitas e as tarefas definidas e eu tinha de executar, aceitar e pronto. Mas aqui é diferente, aquilo que me dizem é que tenho de alcançar resulta<strong>do</strong>s, e quem define o processo sou eu”. O que ele sente é que nas empresas portuguesas o contexto é muito adverso, no que diz respeito à progressão de carreira e aos desafios profissionais que lhe são lança<strong>do</strong>s. Tem to<strong>do</strong>s os filhos a trabalhar fora? Não, porque o terceiro ainda não tem idade para ir. Este é o grande problema da nossa economia: agora que começámos a qualificar o capital humano, não demonstramos capacidade de o absorver. Não é um tema de impostos, não é apenas um tema de salários. É sobretu<strong>do</strong> a maneira como dizemos aos mais novos que contamos com o contributo deles nas empresas. Somos o país da Web Summit, temos um ecossistema empreende<strong>do</strong>r florescente, batemos recordes de investimento estrangeiro em centros de competências tecnológicos, o nosso talento é muito procura<strong>do</strong>. Mas temos um grande problema ao nível <strong>do</strong> talento. Não só somos procura<strong>do</strong>s pelo nosso talento, como também somos um país onde as empresas internacionais sabem que, se criarem aqui centros de operações tecnológicos ou industriais, conseguem atrair facilmente talento de outros países porque as pessoas gostam de vir para cá trabalhar. Temos todas as razões para acreditar, apesar da conjuntura complicada que vivemos neste momento? Acho que sim. Aliás, acho que a conjuntura não está assim tão complicada, porque temos a economia a crescer, temos forte criação de emprego. Os problemas que temos são muito diferentes <strong>do</strong>s que tínhamos há 12 ou 13 anos. Nessa altura, as dificuldades eram de subocupação da nossa capacidade, tínhamos mais pessoas <strong>do</strong> que empregos disponíveis, casas vazias que ninguém queria comprar, investimento em baixo, a economia que não crescia, etc. Hoje o que temos é uma economia que cresce e que cria emprego. Não há pessoas para os lugares disponíveis, as casas tornam-se caras, porque há mais procura <strong>do</strong> que oferta. Acho que isto são melhores problemas <strong>do</strong> que tivemos no passa<strong>do</strong>, sem dúvida. “Não partilho nada desta ideia de que a economia portuguesa está estagnada há 20 anos. Não acho que seja verdade!” Ainda é possível à Europa liderar em termos tecnológicos, ten<strong>do</strong> em conta os enormes avanços de outras geografias, particularmente os EUA e a China? Parece que andamos sempre a reboque. Veja-se o exemplo das ajudas diretas às empresas: só reagimos depois de Washington avançar com um mega pacote para proteger as suas empresas… Há meia dúzia de anos, a Europa começou a perceber que estava numa situação muito difícil <strong>do</strong> ponto de visto económico e tecnológico, porque o modelo europeu é extremamente frágil estrategicamente. A nível tecnológico, nós liderávamos certos setores, como a automóvel, os transportes, etc. Mas as tecnologias <strong>do</strong> futuro não as <strong>do</strong>minávamos – estavam a ser desenvolvidas nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e na China. Portanto, passámos a ser toma<strong>do</strong>res de tecnologia. Isto é gravíssimo. Se não detemos o maior valor, não somos capazes de gerar excedentes para pagar o nível de vida <strong>do</strong>s europeus. Há uma década que se sente isto como um problema: a perda da liderança tecnológica. Além disso, temos uma dependência estratégica absolutamente decisiva de matérias-primas e de componentes, de energia, recursos minerais, componentes críticos em vários setores. Começámos a perceber que comprávamos tu<strong>do</strong> fora. E a guerra veio a agudizar esse sentimento, não foi? A guerra e a pandemia. Fizeram-nos perceber que nos faltavam <strong>coisas</strong> essenciais para a vida das nossas populações. E esta noção de fragilidade e de dependência estratégica já lá estava. Somos um continente sem capacidade militar, o que é complica<strong>do</strong>, porque estamos dependentes <strong>do</strong> exterior. A Europa sempre dependeu da proteção <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. E o que está a ser feito? Em 2021 aprovámos um pacote de 750 mil milhões de euros para investir em tecnologias digitais na autonomia e resiliência estratégica e na transição climática. É isso que os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s estão a fazer agora. Mas como eles têm uma união política muito forte, quan<strong>do</strong> tomam uma decisão, avançam muito depressa. O problema da Europa é que to<strong>do</strong>s os países europeus – qualquer um deles, mesmo a Alemanha – são demasia<strong>do</strong> pequenos para serem internacionais. Só em conjunto é que temos dimensão para enfrentar os desafios globais com os quais nos comprometamos, mas não temos
Imagine uma ação climática com impacto exponencial. Através da tecnologia e da colaboração global, é Possível. A Ericsson está a criar um mun<strong>do</strong> com conectividade ilimitada, onde a tecnologia móvel abre novas possibilidades para um futuro sustentável. ericsson.com/imaginepossible
- Page 1 and 2: TOWERCOS O FUTURO NÃO PASSA APENAS
- Page 3 and 4: edit orial Eduardo Fitas eduardo.fi
- Page 5 and 6: Ontem éramos Altice Empresas. Hoje
- Page 8: a abrir 8 BENEFICIAR DE SOLUÇÕES
- Page 12 and 13: a abrir 12 NUMEROS 262 MIL MILHÕES
- Page 14 and 15: 5 perguntas 14 JUAN OLIVERA: Constr
- Page 16 and 17: a conversa 16 “Fui para Direito p
- Page 18 and 19: a conversa 18 “Na infância, era
- Page 20 and 21: a conversa “Estruturalmente, vai
- Page 22 and 23: a conversa 22 sociedades. Fascina-m
- Page 24 and 25: a conversa 24 reemergência destes
- Page 26 and 27: a conversa 26 Eça e daquela ideia
- Page 30 and 31: a conversa 30 ainda uma união pol
- Page 32 and 33: em destaque NO MEIO É QUE ESTÁ A
- Page 34 and 35: em destaque 34 Era inevitável: foi
- Page 36 and 37: em destaque 36 Para Paulo Cardoso d
- Page 38 and 39: em destaque 38 a utilização indev
- Page 40 and 41: em destaque 40 digital do banco cen
- Page 42 and 43: em destaque 42 BREVE GLOSSÁRIO DO
- Page 44 and 45: itech 44 ABEL COSTA: O engenheiro q
- Page 46 and 47: negocios 46
- Page 48 and 49: negocios 48 Quando ficou concluído
- Page 50 and 51: negocios 50 a Cellnex estabeleceu t
- Page 52: negocios MAIS RESILIÊNCIA, S.F.F.
- Page 55 and 56: CENTENNIALS O NÓ GÓRDIO DAS CONTR
- Page 57 and 58: que acederam alegremente a viver pa
- Page 60 and 61: portugal digital ALFREDO, O MORDOMO
- Page 62 and 63: portugal digital 62 O tempo passa a
- Page 64: portugal digital 64 A startup tamb
- Page 67 and 68: cidadania 29KFJN a “senha” da F
- Page 69 and 70: : as protagonistas pção
- Page 71 and 72: Rogério Carapuça (APDC) deu o mot
- Page 73 and 74: tion Officer, onsumidores sas Pedro
- Page 75 and 76: De tal forma que, para o professor
- Page 77 and 78: O debate sobre o futuro entre os l
- Page 79 and 80:
O painel de discussão entre Ricard
- Page 81 and 82:
As tecnológicas estão a apostar t
- Page 83 and 84:
5G, consolidações, concorrência
- Page 85 and 86:
PROGRAMA DIA 9 MAIO HYPOTHESIZING T
- Page 87 and 88:
Pedro Siza Vieira Presidente, 32°
- Page 89 and 90:
TOKENS AND THE CREATION OF ECONOMIC
- Page 91 and 92:
Hugo Bernardes Managing Partner, Th
- Page 93 and 94:
Bruno Martinho Managing Director, A
- Page 95 and 96:
THE FUTURE OF EURO DIGITAL Ricardo
- Page 97 and 98:
Filomena Rosa Presidente, Instituto
- Page 99 and 100:
THE STATE OF THE NATION OF MEDIA Ka
- Page 101 and 102:
1st DAY CLOSING SESSION DIA 10 MAIO
- Page 103 and 104:
ECONOMICS IS ALL ABOUT DISRUPTION?
- Page 105 and 106:
Catarina Bastos Defence Account Man
- Page 107 and 108:
Luís Antunes Professor Catedrátic
- Page 109 and 110:
ADVANCEMENTS IN AUTONOMOUS DRIVING
- Page 111 and 112:
José Rivera CTO, Vantage Towers Nu
- Page 113 and 114:
CLOSING SESSION Ana Figueiredo CEO,
- Page 115 and 116:
Lounge: Um espaço diferenciador e
- Page 117 and 118:
ede | Nokia convida FCCN; • Metav
- Page 120 and 121:
120 32º Digital Business Congress
- Page 122 and 123:
122 32º Digital Business Congress
- Page 124 and 125:
124 32º Digital Business Congress
- Page 126 and 127:
126 32º Digital Business Congress
- Page 128 and 129:
ultimas COMO ESCOLHER O MELHOR COMP
- Page 130:
ultimas REFORÇAR TALENTO EM CIBERS