25.08.2015 Views

A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

Untitled - Luso Livros

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Frei jacinto pegou do breviário e do bordão, foi à residência do abadedespedir-se dos superiores, e saiu com os seus oitenta anos a dobrar-lhe aespinha por aquelas gândaras a baixo, com a mira posta na sua aldeia, vizinhado arco de Baúlhe, em terra de basto.Ao chegar a Penafiel, disse-lhe a gente das aldeias limítrofes que não fosseavante, que estavam na vila soldados do porto.— Deixá-los estar. Que têm os soldados comigo? — disse o monge eseguiu.A soldadesca fez grande alarido, quando viu assomar o frade no alto da rua.Os mais farsolas correram ao encontro dele, e empeceram-lhe a passagem.Frei jacinto parou, e eles involuntariamente suspenderam o tiroteio daschacotas. O aspeito do monge não era de inspirar zombaria, senão respeito.Sem embargo, um ilhéu de más entranhas pôs a mão no ombro do velho, ebradou-lhe:— Quem vive?— Vive vossemecê, vivem os seus camaradas e vivo eu. Agora, quemamanhã viverá, deus o sabe — respondeu frei jacinto.— Não pergunto isso, seu burro!-tornou o farsista. — quem vive? OMiguel ou o senhor dom pedro?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!