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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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— A tua casa-perguntou ele-pode receber uma hóspede? Tua senhora teráum quarto onde possa estar esta rapariga que é minha patrícia e há de serminha mulher, se eu alguma vez puder atirar fora de mim a costela de frade?O alferes sorriu-se e disse: — para casar com uma menina assim, tirava eu ascostelas a todos os frades, entrando as tuas na conta. A minha casa é grande:cama é que lá não há senão uma. Arranja-se, se não tiveres pré. A minhamulher há — de estimar muito uma companheira que há de ser esposa de freiTomás de são plácido, alferes de lanceiros... Olha lá: esta é a tal paixão em queme falaste na terceira?— É. — tens razão, homem! Quem viu esta finda menina, e pôdeconsentir que o fizessem frade, merecia que ela o mandasse à fava! Muito boaé, que ainda te procurou, ingrato selvagem!... Ora bem!, eu vou mandarchamar minha mulher.Nadavam em lágrimas de alegria os olhos de Angélica. O alferes de infantariasaiu da beira deles. Tomás, pegando-lhe da mão com meiga veemência,perguntou-lhe:— E ficas, pois, sendo a companheira da minha vida? Não terás de tearrepender deste benefício que trazes a um homem sem parentes, sem afeiçãoalguma que lhe tire aos dias de hoje a negra solidão dos dias passados?... Mas...Sabes tu o que é este viver de soldado, de batalha em batalha, exposto amorrer no momento em que mais cara e precisa lhe é a vida?... E, se eu

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